Candidato milionário responde por estelionato, diz site

É de Porto de Moz, no oeste do Pará, o candidato com o segundo maior patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas Eleições de 2022. Ailson Souto Trindade concorre a uma vaga de deputado estadual pelo Partido Progressista (PP-PA) e, desde quinta-feira (11), ficou conhecido em todo o país, após a divulgação do valor do patrimônio que declarou ter, no valor de R$ 448 milhões, sendo R$ 39 milhões em espécie.

Esta não é a primeira vez em que ele disputa uma eleição. Ailson Trindade já almejou um cargo de vereador, em 2012, e não foi eleito. Na época, tinha um patrimônio avaliado em R$ 15 mil.

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De lá para cá, sua fortuna aumentou quase 30 mil vezes. Segundo a assessoria de Ailson, isto se deve a mudança de atividade. “Após a eleição de 2012, o candidato mudou completamente o seu ramo de atuação. Antes, empresário do ramo de eletrônicos, hoje, ele atua como empresário do setor imobiliário, especialmente na compra e venda de lotes de terra e construção de casas", informa a nota divulgada.

Nesta sexta-feira (12), enquanto os eleitores paraenses se admiravam da fortuna do candidato e se questionavam sobre o que levou o empresário a concorrer uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado, um veículo de comunicação publicou uma reportagem bombástica sobre candidato.

Segundo a CNN Brasil, Ailson responde a um processo na Justiça - na condição de réu. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Pará por crime de estelionato — que significa obter vantagem sobre outra pessoa, de forma ilegal, enganando a vítima e causando prejuízo.

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O processo tramita na Vara Única de Porto de Moz, município onde o candidato declarou possuir um patrimônio de R$ 390 milhões em terrenos. A ação foi impetrada em fevereiro deste ano.

A assessoria de Ailson informou à CNN que o candidato não foi intimado ou notificado sobre tal processo citado e que sua equipe jurídica acompanha de perto toda a situação por parte da candidatura.

Segundo a nota, o empresário apresentou as competentes certidões criminais negativas à Justiça Eleitoral.