Vídeo: capivara passeia em Belém; biólogo explica a "visita"

As capivaras são mamíferos herbívoros (Hydrochoerus hydrochaeris) nativas da America do Sul. São animais calmos e mansos que vivem em grupos, próximos ao ambiente aquático, pois precisam da água para várias de suas atividades.

Na segunda-feira (18), um vídeo circulou pelas redes sociais, mostrando uma capivara próxima a um canal na Avenida Bernardo Sayão, na esquina com a José Bonifácio, no bairro do Guamá.

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Quem passava pelo local foi surpreendido pelo animal que ficou alguns minutos no meio do mato e depois foi embora, por dentro do canal.

Confira:

O DOL conversou com o biólogo Tavison Guimarães para entender o que pode ter contribuído para que o animal aparecesse no local.

“Sempre que animais que não são tão comuns acabam aparecendo nesses locais, a gente diz na biologia que é por perda de habitat. Algum tempo atrás existia uma população nessa região de capivaras e com o avanço da área urbana, esses animais foram perdendo seu habitat natural, ocasionalmente eles podem voltar ao local de origem, onde estavam estabelecidos”, contou Tavison.

Ao contrário do que muitos pensam, não foi a capivara que invadiu o ambiente urbano e sim o urbano que invadiu o ambiente da capivara.

“Que fique claro que não é o animal que está invadindo a área urbana, é o contrário, é a área urbana que aos poucos está invadido o habitat que era original desses animais”.

O que chamou a atenção de Tavison na situação, é o fato da capivara estar sozinha.

“Não é tão comum um animal aparecer sozinho, as capivaras vivem em bando, geralmente não andam solitários como esse que apareceu. O que pode ter acontecido é ele ter sido expulso do bando, e está explorando novos locais, ou se perdeu.

Quem avistar um animal selvagem deve ligar para o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) pelo número 190.

“A responsabilidade de resgate desses animais é do Batalhão de Polícia Ambiental. Eles possuem treinamento adequado para fazer esse resgate. Uma pessoa sem treinamento pode colocar sua vida em risco e também a do animal”, acrescentou Tavison.