Seis dias após a advogada Juliana Giugni se entregar na Divisão de Homicídios (DH), no bairro de São Brás, em Belém, o Tribunal de Justiça do Pará mandou soltar a acusada de matar a mãe a facadas em janeiro deste ano. O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) se manifestou por causa da decisão.
No pedido de habeas corpus, o advogado de defesa alega que não existem provas concretas para a prisão preventiva da acusada, além de que Juliana tem um filho de 06 anos e que a prisão poderia ser domiciliar. A solicitação foi acatada pela desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia. No último sábado (21), Juliana já estava em casa.
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O promotor de justiça, Franklin Lobato, diz o contrário da defesa. Ele afirma que todas as evidências encontradas pela Polícia Científica mostram que Juliana Giugni foi quem matou a mãe.
“Não estamos criando coisas. Tudo está no processo. Já demos entrada nesta sexta-feira (28), para que a justiça reveja o pedido. Incluímos também a acusação de fraude processual, porque Juliana alterou o local do crime mandando retirar roupas de camas e as próprias vestes que ela utilizava no dia que a mãe foi morta. Além disso, esse é um crime hediondo e qualquer acusado precisa estar preso”, disse o promotor.
Na próxima quinta-feira (03), uma reunião - que deverá ter a presença de advogados, Polícia Científica do Pará, Polícia Civil e MP - irá discutir a data da reprodução simulada dos fatos, que vai ajudar a entender a dinâmica do assassinato e qual a participação de Leonardo Giugni, que continua preso.
"A promotoria não diz que Leonardo Giugni não tem envolvimento. Pelo contrário, estamos juntos esclarecendo. Com a reprodução e a participação dos irmãos, que estavam no apartamento, vamos saber cada detalhe e chegar em conclusões importantes para a finalização de todo esse processo”, finalizou.
Nos últimos dias, áudios gravados por Leonardo, filho adotivo da vítima, Arlene Giugni, circularam nas redes sociais. O advogado relata à namorada que algo muito ruim tinha acontecido. A conversa foi compartilhada de forma indevida diretamente do celular do acusado. As investigações também tentam entender como e quando o compartilhamento ocorreu.
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