Neste sábado (29) é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao AVC, que é mais conhecido como derrame. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) afeta mais de 17 milhões de indivíduos ao ano no planeta.
O AVC ocorre quando há comprometimento dos vasos sanguíneos cerebrais, que geram a falta de oxigenação no sangue e nutrição para o tecido do cérebro. Essa doença incapacitante representa a principal causa de comprometimento funcional no mundo, sendo responsável pela maioria das internações hospitalares.
É mais comum em idosos devido a uma maior tendência a desenvolver distúrbios que cursam com inflamação, mas também pode acometer pessoas de qualquer idade, independente de gênero.
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Geralmente, o AVC acontece de forma súbita e tem como causa primária um processo inflamatório crônico que, em um dado momento, torna-se agudizado com comprometimento de funções cerebrais. Em razão disso, os neurônios da região afetada morrem, causando a sequela ou até morte do paciente.
Existem dois tipos: o isquêmico, que ocorre em 85% das vezes, causando o entupimento das artérias cerebrais e o hemorrágico, que se instala a partir do extravasamento do sangue para o tecido cerebral e se divide em dois subtipos, o intraparenquimatoso (que ocorre diretamente no tecido cerebral), causado pelos níveis de pressão arterial muito elevados, representando 10% dos casos e o subaracnóideo (meníngeo), o qual acomete boa parte dos pacientes, associado a um aneurisma cerebral rompido, e possui a maior chance de mortalidade entre todos os casos.
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Os dados são alarmantes. A cada quatro pessoas, uma é afetada, ou seja, cerca de 25% da população. E, a cada 1 hora, são registrados 11 óbitos por AVC, atingindo 6,5 milhões de mortes ao ano no mundo. No Brasil, são registrados 400 mil casos e 100 mil mortes por ano, segundo o Ministério da Saúde.
O membro do Comitê Científico do Instituto AVC da Amazônia, Eric Paschoal, afirma que o impacto na vida dos pacientes é intangível. Para ele, prevenir é a melhor forma de combater a doença.
“Cerca de 90% dos casos poderiam ser evitados com medidas preventivas, tais como o controle da hipertensão arterial e da glicemia, redução do colesterol e do estresse emocional, evitar o tabagismo, além da prática de atividade física regular. Existem ainda fatores não modificáveis, com destaque para as doenças genéticas, tais como a displasia fibromuscular, anemia falciforme, policitemia, entre outras”, alertou.
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Paschoal ressalta ainda que o número de casos de derrame cerebral aumentou 17,2% em 2019; 18,5% em 2020, e 22,2% em 2021.
Segundo o especialista, esse aumento ocorreu devido à pandemia da Covid-19, que também colaborou para o crescimento do número de óbitos em 2020 e 2021, entre jovens de 20-59 anos de idade.
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