Jucepa inaugura espaço em homenagem a Laércio Barbalho

Com um espaço moderno destinado à leitura e um rico acervo para pesquisas sobre a memória histórica do comércio paraense, o Espaço Cultural Láercio Wilson Barbalho foi inauguradona manhã desta sexta-feira (18), na sede da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), em Belém.

O espaço faz parte da Biblioteca Pública Dulce Nazaré de Lima Leoncy, que disponibiliza à sociedade mais de 400 livros, além de um grande acervo de documentos datando da segunda metade do século XIX até o final do século XX, contendo informações sobre comerciantes locais, aberturas e falências de empresas, atas de reuniões, obras editadas pela própria Jucepa sobre direito e legislação comercial, livros sobre a abolição da escravatura e a Cabanagem, premiações concedidas a empresários e servidores da instituição, e até mesmo registros de marcas e patentes, que durante muito tempo foi uma atribuição das junta comerciais.

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Para a presidente da Jucepa, Cilene Moreira Sabino de Oliveira, o novo espaço da instituição é motivo de orgulho para todos os paraenses.

"A criação deste espaço tem uma história muito interessante. Quando assumi a presidência da Junta Comercial do Pará, em outubro de 2015, encontrei esse acervo cultural muito rico, que contém inclusive livros assinados pela Princesa Isabel, praticamente escondido do público em geral. Então, nós decidimos que a população do Pará precisa ter acesso a esse acervo. Portanto, a inuaguração de mais espaço cultural, que vem se juntar à nossa biblioteca pública, inaugurada em maio deste ano, como mais uma opção de cultura e conhecimento que a população vai ter a partir da data de hoje", afirmou.

A presidente da Jucepa ressaltou, ainda, que o novo espaço cultural também tem o objetivo de contribuir com as pesquisas acadêmicas realizadas por historiadores e estudantes paraenses das mais diferentes áreas do conhecimento.

A solenidade também contou com a presença do vice-presidente da Jucepa, Vilson João Schuber, que destacou a importância da homenagem a Láercio Barbalho, fundador do Grupo RBA de Comunicação. "A decisão de homenagear o grande Láercio Wilson Barbalho se deu em razão de sua importância para a história deste Estado. Ele tem uma história que, falando de uma forma retórica, é como se fosse forjada em uma bigorna", comentou Schuber.

"Ele veio de uma origem humilde, saindo do interior para vir estudar na capital, se formou e foi trabalhar como servidor dos Correios. Ou seja, foi galgando espaços e, como todos nós sabemos, galgar espaços exige muito esforço, trabalho duro, espírito empreendedor e, principalmente, um caráter visionário. E a visão dele sempre esteve direcionada para a comunicação social, pois entendia que uma sociedade democrática jamais estaria realmente bem informada se só tivesse uma única fonte de informações, um único jornal ou um grupo de comunicação hegemônico", observou.

CRIADA PELA PRINCESA ISABEL

Com 146 anos de história, a Junta Comercial do Estado do Pará foi criada por meio de um decreto da Princesa Isabel, ainda no período monárquico da história brasileira. E esse documento de fundação ocupa um lugar de destaque na área de exposição do espaço cultural inaugurado nesta sexta-feira.

"A existência desse documento assinado pela Princesa Isabel, que marca a fundação da Jucepa, assim como tanto outros, era desconhecida da maioria da população paraense e agora, para nosso orgulho, está aqui em exposição e disponível para consulta não só dos pesquisadores e historiadores como do público em geral", enfatizou Cilene Sabino.

CERIMÔNIA

Com a presença de diretores, servidores e convidados, a placa de inauguração do Espaço Cultural Láercio Wilson Barbalho foi descerrada pela presidente da Jucepa, Cilene Sabino, e seu vice-presidente, Vilson João Schuber.

Na ocasião, a presidente da autarquia fez um agradecimento especial ao trabalho realizado pelos servidores que possibilitaram a realização de ações como esta e promoveram a preservação da cultura e história comercial do Pará.

Além dos documentos e livros antigos, o espaço cultural, assim como a biblioteca pública da instituição, possui computadores e um acervo com livros atuais, incluindo obras sobre direito, administração, economia, registro mercantil, que também estão disponíveis para consuta do público em geral mediante agendamento.