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DOENÇA PARASITÁRIA

Sespa alerta para risco da esquistossomose em tempo de chuva

Secretaria notificou 78 casos da doença no ano passado, no Pará

Imagem ilustrativa da notícia Sespa alerta para risco da esquistossomose em tempo de chuva camera Os riscos de infecção aumentam no inverno amazônico porque, com o aumento das chuvas, ocorre um transbordamento das áreas alagadas que contêm os caramujos infectados, facilitando o contato das pessoas com a água contaminada. | Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça que a esquistossomose, também conhecida como “barriga d’água”, transmitida pelo caramujo Biomphalaria glabrata, exige cuidados redobrados no período chuvoso no Pará. A Sespa observa que embora se acredite que a esquistossomose, por ser uma doença de registro antigo, não exista mais, reitera que ela continua ativa no estado.

A doença transmitida pelo caramujo Biomphalaria glabrata, que habita córregos e áreas alagadas, também está associada a precárias condições de saneamento. O caramujo se infecta com larvas denominadas miracídios, que surgem a partir de ovos do verme Schistossoma mansoni eliminados nas fezes de pessoas contaminadas.

No interior do caramujo, as larvas se transformam em cercárias, que são expelidas diretamente nos córregos, e penetram na pele humana por qualquer parte do corpo, principalmente nos horários mais quentes do dia e com alta incidência luminosa. Quando a cercária penetra no corpo se transforma no verme adulto, o Schistossoma mansoni, causando a esquistossomose.

Os riscos de infecção aumentam no inverno amazônico porque, com o aumento das chuvas, ocorre um transbordamento das áreas alagadas que contêm os caramujos infectados, facilitando o contato das pessoas com a água contaminada.

Segundo a médica veterinária Patrícia Cunha, técnica da Coordenação Estadual de Controle de Esquistossomose, Filariose, Geo-helmintos e Tracoma, a esquistossomose é uma doença de notificação compulsória e houve registro de 78 casos confirmados em 2022, sendo 61 em Belém, 12 em Bragança, 04 em Primavera e 01 em Quatipuru.

Cunha ressaltou que os municípios mais incidentes são Belém e os de abrangência do 4º Centro Regional de Saúde (Bragança, Capanema, Primavera, Quatipuru e Cachoeira do Piriá), que, por isso, são considerados prioritários nas ações de saúde.

“Na capital, os bairros afetados foram Guamá com 37 casos, Terra Firme com 23 casos e Benguí com 01 caso da doença. E ainda há um caso em investigação, identificado no mês de dezembro, de um paciente proveniente do município de Ourém”, detalhou.

Foram também confirmados 08 casos importados, ou seja, casos que a investigação epidemiológica concluiu que a contaminação ocorreu em localidades de fora do estado do Pará. “Esses casos foram registrados nos municípios de Altamira, Marabá, Água Azul do Norte, Redenção e Santa Izabel”, acrescentou a médica veterinária.

Sinais e sintomas - Os principais sintomas da doença são febre, dor de cabeça, suores, fraqueza, falta de apetite e diarreia. Na fase crônica, a diarreia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre, prurido anal e emagrecimento. Nessa fase, surgem complicações como aumento do fígado, baço, hemorragia digestiva e hipertensão pulmonar e portal.

Diagnóstico e tratamento - Patrícia Cunha informou que o diagnóstico e tratamento estão disponíveis na Rede Básica de Saúde. O diagnóstico é feito pelo exame parasitológico das fezes do paciente. “É realizado pela equipe de microscopia municipal ou, quando o município não realiza o exame, pode ser feito pela Seção de Parasitologia do Instituto Evandro Chagas, instituição com a qual a Sespa tem um termo de cooperação técnica”, informou.

Caso o resultado dê positivo, o tratamento é feito com dose única do medicamento Praziquantel, fornecido pelo Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). “O tratamento é supervisionado pela equipe de Atenção Primária de cada município”, disse.

Prevenção – As principais medidas preventivas contra a esquistossomose são: destinar adequadamente os dejetos humanos contaminados em fossas; evitar o contato com água que tenha o caramujo hospedeiro; evitar o acúmulo de lixo que propiciam a formações de áreas alagadas; e, em casos de sintomas de diarreia, constipação, aumento do abdômen, a pessoa deve procurar a Unidade de Saúde mais próxima da sua casa para a realização do exame.

Ações – O papel da Sespa, por meio da Coordenação de Controle de Esquistossomose/Departamento de Controle de Endemias, Filariose, Geo-helmintos e Tracoma, é assessorar e apoiar as Secretarias Municipais de Saúde, principalmente com a capacitação dos profissionais de saúde para fortalecer as ações de vigilância e controle da do vetor transmissor da doença, com técnicas de identificação, testes de infectividade, noções de georreferenciamento e monitoramento das áreas com potencial risco de transmissão.

Serviço: A pessoa com suspeita de esquistossomose deve procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa, para confirmação do diagnóstico e tratamento da doença.

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