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BANCO DOS RÉUS

Caso Pietra: três vão a júri popular nesta segunda (6)

A sentença do julgamento deve ocorrer ainda na noite desta segunda-feira (6)

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Imagem ilustrativa da notícia Caso Pietra: três vão a júri popular nesta segunda (6) camera Os acusados enfrentam o júri nesta segunda | Wellington Júnior/ RBA TV

O banco dos réus, do Tribunal do Júri, foi ocupado por João Paulo Albuquerque Pena, Marlon Weverton das Neves Lima e Williams das Neves Lima, nesta segunda feira (06), aqui em Belém.

Eles são acusados do assassinato brutal e ocultação do cadáver de Pietra de Almeida Matos Silva, em 2020, na época com 22 anos de idade.

As investigações apontaram que a jovem foi morta por decreto de uma facção criminosa.

Além de ter uma dívida alta com o tráfico de drogas, Pietra seria integrante do grupo criminoso. A tentativa de deixar de ser faccionada também teria disso um dos motivos do crime.

“Por conta, talvez de influência, a Pietra entrou no mundo do crime. Ela tinha um relacionamento com o homem que era faccionado. Por algum motivo, essa pessoa foi presa e a vítima tentou deixar de ser da temida facção, mas por saber muito teve a morte decretada. É conhecido como arquivo morto. Uma dívida com os criminosos também teria sido um dos motivos para a morte”, explicou Dorivaldo Belém, assistente de acusação.

Pelo menos oito pessoas participaram de forma direta da morte, entre eles estão três menores de 18 anos de idade. Quatro pessoas são consideradas foragidas. Um desses seria o rapaz que teria um relacionamento com a vítima e a traiu para o local onde foi sequestrada. Dois menores já foram julgados pela vara da infância e estão cumprindo medida socioeducativa.

Sobre os três homens que estão sendo julgados, o advogado de defesa acredita na absolvição.

“Com tudo que apresentamos aqui estamos crentes que eles serão absolvidos. Eles negam, não tem provas que coloquem eles na cena do crime ou como autores”, disse Nelson Sampaio, advogado de defesa dos três réus.

Por outro lado, a acusação diz que o relato de testemunhas e as inúmeras provas coletadas são suficientes para que todos sejam condenados.

“Trabalhamos aqui no plenário com provas. Provas coletadas pela Polícia Civil durante as investigações. Temos depoimentos de mais de seis testemunhas. Temos certeza que com o que estamos apresentados em plenário o corpo de jurados vai entender”, finalizou Dorivaldo Belém.

O CRIME

Pietra de Almeida Matos Silva foi morta com mais de 20 facadas, no dia 8 de maio de 2020, em Outeiro, distrito de Belém. Antes chegou ser torturada.

O corpo foi ocultado e somente uma semana depois foi localizado, em uma área de mangue em estado avançado de decomposição.

Segundo as investigações, uma denúncia anônima apontou onde estava o corpo.

As constantes idas da Polícia Militar na área que Pietra foi vista pela última vez estaria atrapalhando a venda de drogas.

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