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Vídeo: Garçonete que recuperou vaga na UFPA agradece

Lívia foi aprovada dentro da cota renda, mas foi barrada pela instituição

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Imagem ilustrativa da notícia Vídeo: Garçonete que recuperou vaga na UFPA agradece camera Com a ajuda de advogados, Lívia batalhou por quase um mês para conseguir sua vaga no curso de medicina. | Reprodução

A jovem Lívia Letícia, que conseguiu recuperar sua vaga na Universidade Federal do Pará (UFPA) através da Justiça, gravou um vídeo exclusivo para a RBATV sobre a recente conquista universitária.

Com a ajuda de advogados, Lívia batalhou por quase um mês para conseguir a vaga no curso de medicina, que havia sido negada a ela pela UFPA, que decretou um não cumprimento de requisitos da Cota Renda da vaga concorrida.

“Eu já estava esperando sair essa notícia porque a UFPA não se pronunciou em momento nenhum para dar uma resposta objetiva sobre o que me indeferiu. Então, eu já estava esperando uma resposta favorável do Juiz. Agora eu estou me sentindo muito feliz, sentindo um alívio que eu não sinto há dias", afirma a jovem

Animada com a permissão para estudar na universidade, a estudante explica que sonha em se formar e trabalhar na área da neurologia.

"Pretendo ser neurocirurgiã. Eu sou apaixonada pelo cérebro, a cabeça, como tudo isso funciona, eu sou realmente apaixonada. Fora que eu tenho descolamento de retina e sei que é uma área que só a oftalmologia não é capaz de se aprofundar e eu quero entender e estudar esta área", destaca a caloura.

De sua família direta, Lívia é a primeira a ingressar na universidade, uma felicidade e emoção que ela expressa no vídeo enviado à RBATV.

“Estou muito feliz neste momento e agora a gente vai correr contra o tempo para recuperar tudo o que foi perdido”. conclui a estudante.

RELEMBRE O CASO

Lívia Letícia foi aprovada e teve o nome divulgado no listão dos aprovados do vestibular 2023, em 17 de fevereiro. No entanto, dias após a comemoração e muita festa no município de Capanema, onde a jovem e a família residem, começaram as frustrações e momentos de angústia.

A estudante, que trabalhava como garçonete para ajudar na casa e dividia o tempo diário entre trabalho às manhãs e tardes e estudos pela noite, seria a primeira de sua família a se tornar médica. Durante a habilitação, a estudante foi indeferida por supostos problemas com a documentação.

Além de reclamar do pouco tempo hábil para reunir a papelada, pois houve o feriado prolongado de Carnaval entre a data da divulgação do listão e do início das habilitações, Lívia também ressalta que sua família recebe menos de um salário mínimo per capita, logo, dentro do requisito da UFPA para considerar que um estudante tem direito a concorrer com a Cota Renda, que é de 1,5 salário mínimo.

A professora Lucyene Nascimento, que conheceu o drama de Lívia no dia da habilitação, trouxe o caso à tona e decidiu auxiliar a jovem. Desde então, veículos de imprensa, vereadores e deputados estaduais repercutiram o ocorrido e a estudante conseguiu apoio jurídico para tentar acessar a vaga conquistada de maneira legítima.

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