Os medicamentos devem ficar mais caros nas gôndolas das redes de farmácia, segundo determinação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (Cmed), vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com especialistas, a previsão é que os remédios sofram o reajuste entre 5,5% a 6,8%, no dia 31 de março, a serem aplicados nos preços dos produtos a partir do dia 1º de abril.
Apesar de o reajuste ocorre daqui a 9 dias, a situação já preocupa os consumidores, uma vez que os medicamentos se equiparam aos alimentos da cesta básica devido à necessidade. “Nesse período de Covid-19, os remédios antigripais passaram a fazer parte das minhas compras, sempre que acabam. Então, esse reajuste vai realmente onerar nas compras desses remédios”, disse Geraldo Lima, 38 anos, educador físico.
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A preocupação é ainda maior para as pessoas que adquirem remédios de uso contínuo, que são aqueles medicamentos usados de maneira frequente para tratamento de longa duração ou doenças crônicas. “Todos os meses compro remédios do meu tratamento, receitados pelo médico, que me fazem gastar quase R$ 600. Se houver esse reajuste, já fico imaginando que terei que gastar ainda mais e não tenho o que fazer, já que minha doença requer cuidado constante”, declarou Maria Francisca, 66, aposentada.
Diante disso, o consumidor Jaime Leal, 44, soldador, já entra nas farmácias em busca dos anúncios de remédios em promoção, prática que vai intensificar devido ao aumento do preço dos produtos. “Procuro promoções expostas nas farmácias, como os famosos ‘pague dois, leve três’, ou aqueles anúncios de desconto. Ainda procuro pelos genéricos, que são mais baratos. O certo é que vou continuar a fazer isso”, disse Jaime.
A servidora pública Railda Monteiro diz que sua situação ante ao reajuste é um pouco diferente, uma vez que por fazer uso de remédio contínuo no tratamento da diabetes, possui cadastro no programa de assistência farmacêutica, Farmácia Popular, e consegue os medicamentos de forma gratuita. “Já estive nessa situação de comprar remédios todos os meses e ter que destinar parte do meu salário para isso, mas agora não. Uma pena que nem todas as pessoas participam do programa e vão ter que pagar mais caro”, concluiu a servidora.
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