Evento discute condição de trabalhodoras domésticas

Nesta quinta-feira (18), acontecerá, no auditório da Superintendência Regional do Trabalho, o encontro denominado: "Roda de Conversa sobre o Trabalho Doméstico", cuja pauta é discutir, avaliar e criar soluções para melhorar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras domésticas no estado.

O evento aproximará lideranças deste segmento das entidades regulamentadoras e fiscalizadoras dos profissionais do ramo na Amazônia, como a Auditoria Fiscal do Trabalho, o Sindicato das Trabalhadoras Domésticas, a Universidade Federal do Pará e o Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará.

Há quase 6 milhões de trabalhadores domésticos no Brasil. Em 2013, havia 1,9 milhão com carteira assinada, em 2022, o ano fechou com 1,5 milhão de pessoas registradas. As trabalhadoras informais somavam 4 milhões em 2013 e até o ano passado eram 4,3 milhões sem carteira assinada. Vendo esse panorama, discussões sobre o assunto se tornam super relevantes dentro de uma cidade.

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Segundo o Superintendente Regional do Trabalho, Paulo Gaya, o principal objetivo das conversas, é criar um protocolo para analisar se o trabalho doméstico está sendo realizado de forma digna.

"Aferir se o trabalho doméstico está sendo realizado de forma a respeita a dignidade da pessoa humana e se está cumprindo com os demais itens da legislação trabalhista", disse. "O mais importante é o olhar definitivo do Ministério do Trabalho para uma categoria que há muito não tem a mesma atenção que deve ser dispensada a qualquer outro tipo de trabalho", completa.

Gaya ainda fala sobre o receio das domésticas em fazer denúncias de abusos no trabalho, mostrando a roda de conversa como super relevante para sanar esse tipo de problema: "Uma das dificuldades que estamos tendo é o receio de as trabalhadoras virem fazer a denúncia aqui conosco. O evento vai servir de certa maneira para o encorajamento delas", explica.

O evento, aberto ao público, sobretudo às trabalhadoras domésticas, será realizado na Superintendência Regional do Trabalho, às 16h. O prédio fica localizado na travessa 9 de janeiro, 1569, em São Brás.