Mesmo com a recente queda nos preços dos combustíveis anunciada pela Petrobras, os paraenses ainda enfrentam altos custos na hora de abastecer ou cozinhar. Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese/PA) revelou que o estado continua entre os mais caros do país quando se trata de produtos petrolíferos.
Com base nos dados coletados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Pará ocupa a sexta posição no ranking de preços do etanol, com um valor médio de R$ 4,74 por litro. Já a gasolina, vendida a partir de R$ 4,99, coloca o estado em 17º lugar nessa categoria. Quanto ao óleo diesel (S10), o Pará está em quinto lugar, com preços que chegam a R$ 5,78 por litro, resume o relatório do Dieese/PA.
Renato Andrade, 28, trabalha com transporte de passageiros e depende da gasolina para seu sustento diário. “É maravilhoso ver os preços dos combustíveis diminuírem a cada dia. Para quem depende deles para ganhar dinheiro e sustentar a família, isso faz toda a diferença. No entanto, acredito que ainda poderiam melhorar um pouco mais, e o valor ideal para mim seria de R$ 4,50 por litro”, opina.
Andrade destaca que a redução nos preços dos combustíveis abre oportunidades em outras áreas da vida. “Quando os produtos estão mais baratos, significa que sobra mais dinheiro, que pode ser investido em diferentes aspectos da vida familiar, desde uma alimentação de melhor qualidade até momentos de lazer para todos. Quem sabe até mesmo melhorar o guarda-roupa ou para cuidar da saúde.”
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Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), a mudança nas bombas e nos depósitos será implementada gradualmente, porém, a pasta já solicitou para os Procons estaduais e municipais em todo o país para que monitorem os postos de combustíveis, a fim de verificar se a redução dos preços médios de venda dos insumos em questão está sendo repassada aos consumidores.
Botijão de gás de cozinha já é encontrado por até R$ 100
Além dos combustíveis, o gás de cozinha também tem impactado o orçamento das famílias paraenses. Segundo o Dieese/PA, o botijão de 13 quilos é vendido a R$ 114,33 e coloca o Pará na nona posição dos estados com os preços mais elevados. Embora o valor ainda não tenha atingido a meta anunciada de ficar abaixo dos R$ 100, os consumidores estão otimistas.
Adriana Miranda, 36, trabalha com vendas de salgados no bairro da Pedreira e utiliza em média cinco botijões de gás por mês para preparar os lanches. “No mês passado, gastei cerca de R$ 600. Na semana passada, precisei comprar e percebi uma queda, mas de apenas R$ 5”, revela a autônoma.
Rodrigo Cardoso, 49, acredita que é apenas uma questão de tempo para que a situação melhore ainda mais. “Confesso que não tenho muito do que reclamar, pois houve uma pequena baixa, admito, mas sei também que esse tipo de mudança acontece aos poucos”, pontua o marceneiro.
No depósito da Conceição de Fátima, 53, a unidade do botijão foi a mais barata encontrada na cidade pelo DIÁRIO, R$ 100 na promoção para quem retirar no local de venda.
“Precisa de um trabalho nas distribuidoras, pois muita das vezes as companhias não passam esses preços mais baixos para gente e somos obrigados a vender com preço salgado ainda”, comenta Fátima.
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