Com a chegada do veraneio e das férias escolares, um dos destinos mais procurados pelos paraenses é a Ilha de Maiandeua, também conhecida como Algodoal, localizada no nordeste paraense.
Por ser uma área de proteção ambiental, boa parte da locomoção na área é feita a pé ou a partir do uso de carroças e charretes que utilizam animais no trabalho de tração, como cavalos, burros e jumentos.
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Pensando na saúde desses animais, a equipe do Projeto Carroceiro, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) realiza de 22 a 24 de junho, uma ação itinerante na ilha.
“O volume de visitantes aumenta muito nesse período, o que chega a triplicar a utilização dos animais. Por isso estamos indo nesse momento, fazer uma triagem de animais que podem e os que não podem trabalhar, atender os animais que estejam doentes, e encaminhar um relatório para o Ministério Público sobre esse cenário”, explica o professor Djacy Ribeiro, coordenador do Projeto Carroceiro.
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A programação começa no dia 22, com uma reunião entre a equipe do projeto, a Prefeitura do município de Maracanã, Associação dos Carroceiros, lideranças locais, órgãos de meio ambiente e comunidade.
No dia 23 é a data do atendimento aos animais, o que vai ocorrer das 8h às 12h e das 13h às 15h, na sede da Associação dos Carroceiros. No local serão realizados atendimentos clínicos, vermifugação, aplicação de medicamentos e de vitaminas, curativos, microchipagem, casqueamento e orientações aos carroceiros sobre cuidados com os animais.
No sábado (24) pela manhã será feita uma reunião de encerramento, em que será marcada uma nova data para retornar à ilha e reavaliar os animais que trabalharam durante todo o veraneio.
Segundo o coordenador do projeto, atualmente existem em torno de 70 animais na ilha. Ele diz que a atuação do projeto em Algodoal já existe há 15 anos e o interesse dos carroceiros ajuda a melhorar a situação dos animais.
“Nós trabalhamos em conjunto com a associação, fazemos assistência técnica, cursos, fazemos atendimento remoto e disponibilizamos nosso contato para qualquer dúvida. O principal problema no local é que é mais difícil fazer o plantio de grama para alimentar os cavalos, o que gera problemas metabólicos nos animais, além da ausência de um veterinário que resida na ilha”, explica o professor.
O Projeto
O Projeto Carroceiro celebra 20 anos de atuação no próximo mês de agosto e já realizou ações itinerantes nos municípios de Barcarena, Dom Eliseu, Maracanã, Igarapé-Açu, Capanema, Cotijuba, Vigia e em alguns bairros da capital. O projeto tem como objetivo evitar os maus tratos dos animais, conscientizar os carroceiros e prestar atendimento para reabilitação clínica e cirúrgica gratuita aos equinos utilizados no trabalho de tração animal. Funciona de segunda à sexta, das 08 às 17h, no campus da Ufra em Belém.
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