O governador do Estado, Helder Barbalho, destacou a implementação do Plano de Bioeconomia do Pará, iniciativa pioneira no país, durante o evento “Diálogos sobre Bioeconomia Amazônica e Transformação Rural Inclusiva”, na programação dos ‘Diálogos Amazônicos’, no Hangar, em Belém, neste domingo (6). Promovido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o debate contou com a participação de diversas autoridades do governo federal e de representantes de organizações relacionadas ao tema.
Entre os participantes estavam a ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara; o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; entre outras autoridades do governo federal, além de Maria Helena Semedo, diretora-geral da FAO.
Na ocasião, o chefe do Executivo Estadual destacou que o processo de implementação do Plano identificou uma vocação econômica promissora para o Estado do Pará. “Durante um ano, fizemos diversas audiências públicas, um chamamento dos envolvidos e mapeamos 43 tipos de produtos que dialogam diretamente de forma sustentável com a floresta. Estes 43 tipos de produtos permitiram a projeção de alavancagem de 120 bilhões de dólares em negócios para a exportação produzidos pela floresta tropical do Pará que, claramente, se apresentam como nova vocação econômica e social para a nossa região, uma vocação que é central para a geração de empregos verdes e iniciativas que dialoguem com a oportunidade de ter uma floresta viva e preservada, mas não às custas do sofrimento das comunidades tradicionais”, disse o governador.
Desafios - “Apesar de ser o principal Estado da Amazônia que já produz bioeconomia, atualmente produzimos menos de 3% de toda a oportunidade que a bioeconomia pode trazer para a nossa região, portanto temos uma caminhada e é por isso que é importante estarmos todos aqui debatendo esse tema de forma central e transversal”, completou Helder Barbalho.
O evento teve por objetivo discutir e promover um entendimento comum entre os países da Amazônia sobre a adoção de um modelo de bioeconomia que considere a transformação de sistemas agroalimentares, conforme estabelecem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
De acordo com a FAO, apesar do papel essencial da Amazônia na luta contra a crise climática global, existem riscos ambientais e perdas econômicas associadas a esse ecossistema, com repercussões inclusive no Produto Interno Bruto (PIB). Diante desse cenário, o conceito de "bioeconomia amazônica" voltado para o uso sustentável da sociobiodiversidade florestal pode representar uma oportunidade para melhorar as condições de vida tanto da população rural quanto urbana.
Para isso, a organização defende a promoção do intercâmbio de conhecimentos e visões entre os países da Amazônia para a identificação de insumos técnicos sobre bioeconomia amazônica e transformação rural inclusiva com foco nos ODS.
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