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TRANSPORTE SUSTENTÁVEL

O desafio de transformação da mobilidade urbana

O processo acelerado da urbanização e concentração populacional nas cidades, sem planejamento, causa grandes transtornos quanto à mobilidade urbana.

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Imagem ilustrativa da notícia O desafio de transformação da mobilidade urbana camera O transporte sustentável visa minimizar os efeitos negativos no meio ambiente | Bruno Cecim/Ag.Pará

O transporte sustentável é uma forma de transporte que busca reduzir os impactos ambientais e oferecer uma mobilidade mais segura e saudável para as pessoas.

Com Belém confirmada para ser sede da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, é natural que se desperte a curiosidade sobre como a cidade se prepara nesse aspecto, tanto para a COP quanto para um futuro mais sustentável.

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Em busca dessas respostas e também para entender o que é mobilidade sustentável, o quarto fascículo da Série Diário Documento Sustentabilidade conversou com especialistas no assunto, como a advogada Roberta Dantas, que é mestra em direitos fundamentais, além de professora do ensino superior na Faculdade Estácio.

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A especialista pontua que o processo acelerado da urbanização e concentração populacional nas cidades, que, via de regra não têm um planejamento estrutural adequado para o recebimento deste fluxo populacional, causa entre outras coisas, grandes transtornos quanto à mobilidade urbana.

Uma situação verificável pelos seguintes ângulos: carência quantitativa e qualitativa de transportes urbanos capazes de atender a sociedade de forma eficiente; crescimento da frota individualizada de transportes, geralmente motorizados; superlotação das vias públicas decorrente do elevado número de veículos; agravamento de congestionamentos urbanos; déficit de vagas em estacionamentos para veículos automotores; elevação no número de acidentes nas vias públicas e elevação do quantitativo de poluentes veiculares despejados diariamente no ambiente.

“Todas essas situações comprometem a qualidade de vida humana e natural do planeta, questão já apontada pelo Observatório do Clima, que apontou que o setor de transportes é uma das principais fontes de poluição atmosférica”, lembra Roberta Dantas. Via de regra, todas as situações listadas no início deste texto aflige pedestres, ciclistas, motoristas de veículos motorizados, enfim, todos os atores que formam o trânsito de Belém.

“É fato que tais questões dificultam demasiadamente a vida cotidiana e, ao longo do tempo, se apresentam como um fator prejudicial à natureza, questão que se põe como um desafio para a atual sociedade: como garantir o deslocamento humano e de mercadorias, satisfazendo as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de satisfazerem as suas próprias necessidades, de forma eficiente e saudável, preservando o meio ambiente?”, questiona a professora.

“Esta questão essencial, há décadas vem motivando a comunidade científica a buscar meios de congregar interesses que à primeira vista conflitam. Mas que, se bem analisadas, verifica-se a possibilidade de harmonizá-las quando instaladas iniciativas políticas com objetivo de sanar tais problemas”, destaca Roberta.

“Podemos citar aqui, algumas iniciativas para reduzir os riscos ambientais e melhorar as condições da natureza. A Agenda 2030 da ONU elenca 17 objetivos e 169 metas que buscam atuar contribuindo para o desenvolvimento sustentável, estimulando o desenvolvimento, a partir de uma política de atenção para qualidade de vida das pessoas. Dentre eles, o Objetivo 13”, ressalta, sobre a meta que visa tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos com redução das desigualdades, mediante a implementação de políticas públicas voltadas para um plano de ação dinâmico com método de atuação dirigido à economia, a sociedade e à proteção do meio ambiente, além de objetivar também efetivas políticas de transportes sustentáveis.

Para Roberta, outro importante evento que tem por objetivo traçar discussões e metas a fim de minimizar os efeitos das alterações climáticas, será a realização da Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas. “A fim de receber este evento, já percebemos uma série de políticas públicas do Governo do Pará e do Município de Belém que visa a implementação do transporte sustentável, já tendo sido anunciado a substituição da antiga frota de transporte urbano por uma frota nova, a criação de terminais de integração, o estímulo e incentivo da circulação de pedestres e ciclistas mediante a instalação de calçadas com acessibilidade e ciclovias”, lista. “Assim, esperamos que a COP 30 possa representar um marco na efetivação de políticas que garantam de forma definitiva o transporte sustentável em nosso Estado”.

O desafio de transformação da mobilidade urbana
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