Dados do novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, apontam que, no Pará, em outubro deste ano, foram gerados 4.863 novos postos de trabalho, saldo positivo verificado após 37.201 contratações e 32.338 demissões no mês. O setor de serviços é o grande responsável pela geração de empregos formais, com 2.159 vagas criadas.
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O setor de comércio também se destaca, com saldo positivo de 1.076 vagas. No panorama de janeiro a outubro deste ano, esses números aumentam: em dez meses, o Estado gerou pouco mais de 55,6 mil novos empregos em todas as áreas. Destes, 20.029 vieram do setor de serviços.
O Estado segue o ritmo do país que, em outubro de 2023, também teve um saldo positivo na geração de empregos formais: 190.366 postos de trabalho com carteira assinada, a maioria também impulsionada pelo setor de serviços, com 109.939; e no comércio, com 49.647.
Com a chegada do fim do ano e o aumento da demanda no setor de serviços de estética, por exemplo, o proprietário de um salão de beleza localizado no bairro de Canudos, em Belém, Adaias Lima, de 46 anos, já se prepara para contratar trabalhadores temporários para dar conta do fluxo intenso de clientes que procuram pelos serviços de estética e cabeleireiro.
Apesar de ser um negócio familiar, Adaias conta que o quadro funcional conta com cinco colaboradores temporários. Agora ele pretende contratar mais três pessoas para serviços de beleza e auxiliar de serviços gerais. “Neste mês já quero colocar mais essas pessoas para ajudar nas demandas. Chega essa época do ano a gente atende 15 clientes em um só dia, então precisamos desse reforço para dar conta do trabalho”, explica.
No bairro da Pedreira, em uma tapiocaria na avenida Pedro Miranda, o proprietário José Cardoso, 67, afirma que atualmente possui sete funcionários fixos, mas que neste período do ano costuma contratar cerca de 7 a 8 funcionários temporários para intercalar a escala de trabalho com os demais efetivos. “Agora uma moça vai sair de férias, já tenho que colocar alguém no lugar dela, por exemplo”, disse.
“Tem alguns meses que esperamos para fazer essas contratações, a exemplo do Círio de Nazaré. Mas agora o movimento também aumenta, décimo terceiro salário saiu, então tende a circular mais dinheiro, a demanda é boa. Aí nesse mês costumo contratar temporariamente mais sete colaboradores, para tirar a folga dos funcionários e manter o fluxo de atendimento que tende a ser bem melhor se compararmos a outras épocas do ano”, ressalta.
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De acordo com o supervisor técnico do Dieese Pará, Everson Costa, o pagamento da primeira parcela do 13º salário aos trabalhadores tem uma participação gigantesca, principalmente, no cenário do setor de comércio.
“São 5,8 bilhões de reais, quase 6 bilhões de reais na economia paraense. Mais de 2 milhões e 40 mil pessoas vão partir para o consumo, para as compras, pagar os seus débitos. Ou seja, movimentar a economia”, explica.
O técnico complementa dizendo que na própria Black Friday deste ano, também foram incorporadas prestações de serviços de beleza, academia e, inclusive, de renovação energética. “Então, a venda de serviços foi elevada com a entrada do 13º salário e porque não dizer que gera também outra ponta, a oportunidade de postos de trabalhos, ainda que temporários, porque você precisa de pessoas para prestar o bom serviço, o melhor serviço e atender a demanda. Então, é muito importante enfatizar essa participação econômica”, disse.
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