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COP 28

Pará vai restaurar 5,6 milhões de hectares de florestas

O governador Helder Barbalho anunciou no último sábado (02), em Dubai, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará. A meta será alcançada até 2030 e vai recuperar tanto áreas públicas quanto privadas.

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Imagem ilustrativa da notícia Pará vai restaurar 5,6 milhões de hectares de florestas camera O governador Helder Barbalho durante painel do evento “Promovendo uma ação climática ambiciosa e multinível”, na COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes. | Thalmus Gama/Ag. Pará

Com a meta de promover a restauração de 5,6 milhões de hectares até 2030, o Governo do Estado do Pará lançou, neste sábado (02), o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará (PRVN-PA). O lançamento foi realizado na sala do Consórcio Amazônia Legal na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes, ocasião em que também estiveram presentes a vice-governadora e coordenadora do Comitê da COP30, Hana Ghassan e a deputada federal Elcione Barbalho, entre outras autoridades.

De acordo com o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, o plano pretende promover a restauração tanto de áreas públicas, quanto áreas privadas. “A intenção é que nós possamos recuperar áreas degradadas do Estado, com uma meta ambiciosa de 5,6 milhões de hectares até 2030, isto envolvendo áreas públicas e áreas privadas, com financiamento e apoiamento, seja no pagamento por serviços ambientais ao produtor da agricultura familiar, seja também na mobilização, na recomposição com oferta de financiamento de mudas e apoiamento técnico para que as pessoas possam, com essa recuperação de áreas, garantir a monetização da floresta e transformar restauro em uma nova modalidade de economia voltada à preservação, fazendo com que, efetivamente, este seja um novo viés que gere oportunidade de renda àqueles que atuam nas áreas de floresta a serem recuperadas e, consequentemente, desenvolvimento com sustentabilidade”, disse Helder.

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O governador destacou, ainda, que essas áreas a serem recuperadas já vêm sendo mapeadas. “Estás áreas estão diagnosticadas por nós, elas compõem antigas áreas de estoque florestal e que, a partir do estudo desse bioma, nós podemos identificar desde a vegetação para que haja recomposição, por isso a necessidade de investimentos em mudas, em viveiros que nós possamos ofertar nesse processo”, explicou. “Por outro lado, linhas de financiamento e crédito para estimular essa nova atividade e a composição de que a floresta viva, a floresta em pé, gera captura de carbono e consequentemente monetizado dessas áreas”.

INVESTIMENTOS

Também presente na cerimônia de lançamento do Plano, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou as previsões de investimentos para a recuperação florestal. “O BNDES está lançando um plano para toda a Região Amazônica, não apenas para o Pará. O projeto do Pará é bastante ambicioso, muito importante, mas está bastante avançado. E nós estamos anunciando um programa de R$450 milhões para o reflorestamento da Amazônia, restauração, um dinheiro não reembolsável do Fundo da Amazônia, que veio da solidariedade internacional e, além dele, mais R$550 milhões em créditos, a juros de 1% para o setor empresarial”.

O presidente do BNDES explicou que esses primeiros R$450 milhões já estão disponíveis, com edital já aberto. Já os R$550 milhões em créditos ainda deverão ser disponibilizado em edital a ser publicado futuramente. “O crédito é para as empresas fazerem restauração, e os R$450 milhões são para as comunidades indígenas, assentamentos, população, o que gera muito emprego”, considerou.

“Além disso, os viveiros, o plantio e o cuidado das comunidades têm um papel especialmente na floresta produtiva porque esse reflorestamento pode produzir mais açaí, mais cupuaçu, mais castanha do Pará, mais cacau e, inclusive, mais madeira de lei e tudo isso saiu da Amazônia. Nós estamos aqui dando uma lição para o mundo. A solução mais simples e mais rápida para a gente combater o aquecimento global é plantar árvore e plantar na Amazônia, que é 25% das florestas tropicais. Parabéns ao Governo do Pará e nós vamos trabalhar juntos”.

Além de estabelecer as metas, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa do Estado do Pará (PRVN-PA) também apresenta as medidas necessárias para que o Estado alcance suas metas de reflorestamento.

Pará vai restaurar 5,6 milhões de hectares de florestas
📷 |DOL/Multimídia
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