Na últimas semanas, diversos esquemas relacionados aos jogos de azar, que envolveram o "Jogo do Tigrinho" e o "Jogo do aviãozinho", da Blaze, foram alvo da polícia civil e federal em todo o país. Essa modalidade de aposta é proibida no Brasil.
No entanto, o texto-base de um projeto de lei que visa à regulamentação do mercado de aposta esportiva de cota fixa e jogos virtuais foi aprovado no plenário da Câmara dos Deputados. Ao todo, foram 292 votos a favor contra 114.
Esse projeto, inclui os cassinos onlines, famosos jogos de azar, o que gera resistência que alguns membros do Congresso.
Apesar disso, o projeto não discute a participação dos influenciadores, que foram alvos de investigações e prisões por diversos fatores. A divulgação de jogos que podem gerar vício e são de "azar" seguem sendo questionadas.
Ou seja: a medida pode futuramente ajudar neste processo de "legalização", mas por enquanto, nada mudará para quem quiser continuar divulgando as ações, digamos, no mínimo questionáveis e suspeitas.
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Detalhes
Os deputados mantiveram os requisitos definidos pelo Senado para a abertura de uma empresa na área. Para isso, é preciso ter pelo menos uma pessoa brasileira como sócia, dona de no mínimo 20% do capital social da pessoa jurídica e a casa de aposta tem a obrigação de ter sede e ser constituída no Brasil.
Outro ponto é que os sócios não poderão ter qualquer relação com uma SAF (Sociedade Anônima de Futebol), organização esportiva ou ser dirigente de alguma equipe de esportes brasileira.
O texto prevê taxa de 12% de impostos para as empresas do setor, inicialmente, a porcentagem era de 18%. Já para os prêmios conquistados pelos apostadores, a taxa é de 15%.
A bancada evangélica é a maior protestante quando o assunto é incluir os cassinos online na regulamentação. No entanto, o Ministério da Fazenda defende que se o setor fosse excluído do PL, a arrecadação seria reduzida em aproximadamente 70%.
O governo tem pressa para que o projeto seja aprovado. A previsão é que, já em 2024, já seja possível arrecadar R$ 12 bilhões em impostos do setor.
Etapas
A partir de agora, o texto será analisando, dando ênfase nos destaques, sugestões de alterações, observações, entre outros. Após isso, o projeto irá para a sanção do presidente Lula.
O projeto é tido como urgente. Ainda na quinta-feira (21), os deputados aprovaram por 307 contra 115 a urgência para a votação do texto.
Em setembro, a Câmara já havia aprovado o texto, mas, no Senado, foram feitas mudanças e o projeto retornou para análise.
Vício
O projeto também prevê que o Ministério da Fazenda terá o papel de combater o vício em apostas esportivas. O ministério comandado por Fernando Haddad terá de regulamentar a obrigatoriedade para que as empresas criem meio para monitorar as atividades dos apostadores, tendo como objetivo analisar os danos que o jogo pode causar.
Devem ser analisados:
- Gastos do cliente;
- Padrões de gastos;
- Tempo utilizado jogando;
- Indicadores de comportamento de jogo;
- Contato liderado pelo cliente;
- Uso de ferramentas de gerenciamento de jogos de azar
Além disso, o Ministério da Fazenda ainda terá de limitar o tempo de uso que será acionado pelo usuário, com as seguintes opções:
- 24 horas;
- uma semana;
- Um mês;
- Ou qualquer outro período de no máximo 6
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