"Põe tapioca, põe farinha d'água, põe açúcar, não põe nada ou me bebe como um suco, que eu sou muito mais que um fruto: sou sabor marajoara...", diz as estrofes da canção "Sabor Açaí", bem conhecida na interpretação do instrumentista, cantor e compositor paraense Nilson Chaves.
Tradicionalmente presente na mesa do nortista, o açaí é mais que apenas uma fruta, por vezes, se torna " muito, onde muitos não têm nada", como também diz a canção.
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No entanto, após um período de seis meses consecutivos de quedas, o preço médio do litro do açaí consumido pelos paraenses voltou a ficar mais caro, segundo o DIEESE/PA (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com as pesquisas, o aumento dos preços do litro de açaí no mês de novembro também impactou o comparativo de preços dos últimos 12 meses, pois o reajuste acumulado neste período é superior à inflação medida.
Ainda segundo o DIEESE, essa foi a trajetória dos valores do açaí do tipo médio comercializado nas feiras livres, pontos de vendas e supermercados da capital: "em novembro de 2022, em média o litro do produto foi comercializado a R$ 16,65; encerrou o ano de 2022 (dezembro) sendo comercializado em média a R$ 19,28.
No início deste ano (janeiro/2023) foi comercializado em média a R$ 19,92; em outubro/2023 foi comercializado em média a R$ 17,62 e no mês passado (novembro/2023), com a alta de preço, foi comercializado em média a R$ 18,63. Com isso, o preço médio deste tipo de Açaí apresentou reajuste de quase 6,00% no mês de novembro/2023 em relação ao mês de outubro/2023, e nos últimos 12 meses (novembro/2022-novembro/2023) o preço do litro também acumula alta de quase 12,00%.
Com o período da entressafra, ou seja, do período intermédio entre uma safra e outra, as pesquisas do DIEESE/PA mostram novas altas no preço do litro de açaí para o último mês do ano (dezembro/2023). Além disso, a previsão é que os primeiros meses de 2024 apresentem um cenário de maior elevação nos custos do açaí consumido pela população paraense.
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