Desde o dia 1º de janeiro, o esquema de vacinação contra a Covid-19, inclui o imunizante contra a doença no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a quatro anos e 11 meses. Anunciada pelo Ministério da Saúde (MS), no dia 31 de outubro de 2023, a medida foi tomada com base em evidências científicas mundiais e dados epidemiológicos de casos e óbitos pela doença no país.
No Brasil, entre janeiro e agosto de 2023, foram registrados 3.441 casos e 84 óbitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 na população menor de 1 ano de idade, segundo o Ministério da Saúde.
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No Pará, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), desde o início da pandemia, em 2020, até dia 13 de março deste ano, tiveram 39.296 casos confirmados no Estado, entre a população de 0 a 9 anos de idade. Destes, 19.394 eram meninos, e 19.902 eram meninas. Foram registradas ainda 105 mortes em decorrência da doença, sendo 56 meninos e 49 meninas.
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Os dados demonstram que os menores não estão isentos das formas graves e letais da doença e mostram a importância de manter a imunização de crianças em dia. A médica infectologista Andrea Beltrão informa que as crianças possuem a mesma capacidade de transmitir a doença que um adulto.
Segundo Beltrão, não existe resistência dos responsáveis em relação à vacinação dos menores e sim desinformação sobre os riscos e benefícios, e alerta: “Crianças não só podem ter infecção por Covid-19, como também desenvolver a forma grave da doença. Além disso, podem ser veículo de transmissão para outras pessoas, portanto, manter a imunização em dia é essencial”, destaca.
EFETIVIDADE
Vale ressaltar que as duas vacinas aplicadas para crianças no Brasil são: Coronavac e BNT162b2-Pfizer, e ambas têm percentuais próximos a 90% de efetividade contra infecção e, principalmente, contra hospitalização por Covid-19.
O esquema vacinal de crianças de 6 meses e menores de 5 anos, contará com 3 doses, que deverão ser aplicadas seguindo os intervalos recomendados: 1ª dose para a 2ª dose: intervalo de 4 semanas; e 2ª dose para a 3ª dose: intervalo de 8 semanas. A criança que tiver tomado três doses ano passado, não vai precisar repetir doses em 2024.
Após os 5 anos de idade, apenas as crianças que integram os grupos prioritários é que receberão uma dose de reforço em 2024. São eles: imunocomprometidos; com comorbidades e deficiência permanente; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; que vivem em instituições de longa permanência e em situação de rua. Esses grupos são os que têm maior risco de desenvolver as formas graves da doença.
A inclusão desse grupo já passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunizações da Covid-19 (CTAI) e do Programa Nacional de Imunização (PNI).
Em Belém, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), até o dia 10 de março de 2024, 7.046 crianças, na faixa etária de 3 a 4 anos de idade, haviam sido imunizadas contra a Covid-19 em Belém, alcançando uma cobertura vacinal de 23,20%. Ainda de acordo com a secretaria, a meta é vacinar 30.369 crianças nesta faixa etária. Já na faixa etária de 6 meses a 2 anos de idade, a meta é alcançar 38.045 crianças. Até o momento, foram vacinadas 5.015 crianças, ou seja apenas 13,18% da cobertura vacinal.
Belém
Em nota, a Sesma reforçou que a vacina Pfizer Baby, recomendada para aplicação em crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade e que não tomaram nenhuma dose ou necessitam completar o esquema vacinal e a vacina Coronavac monovalente, indicada para crianças de três e quatro anos de idade, que tenham iniciado o esquema vacinal com a Coronavac, seguem sendo ofertadas normalmente nas Unidades Básicas de Saúde da capital, de segunda a sexta-feira, de 08h às 17h.
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