O obstetra Fernando Bastos, especialista em medicina fetal, explica como é possível identificar durante a gravidez a probabilidade de uma criança ter Síndrome de Down ou outras anomalias cromossômicas.
"Durante a gravidez, podemos rastrear quais pacientes têm risco de o feto estar afetado pela Síndrome de Down, preferencialmente próximo das 12 semanas, juntamente com o morfológico do primeiro trimestre. No entanto, é importante ressaltar que apenas realizamos o rastreamento, não detectamos ou diagnosticamos a Síndrome de Down durante a gravidez por meio de ultrassonografia. Para pacientes com risco aumentado, oferecemos um teste de diagnóstico definitivo, como biópsia da placenta ou amostra de líquido amniótico, seguido de estudo genético para um diagnóstico definitivo", explica ele.
Quando as mães recebem o diagnóstico de que há probabilidade de terem um filho com Síndrome de Down, muitas vezes ficam incertas sobre o que fazer. Fernando Bastos sugere que o melhor é continuar com os cuidados habituais da gravidez e buscar informações sobre a síndrome para se prepararem para receber a criança.
"O ideal é que a gestante e a família se preparem sabendo do diagnóstico definitivo, para que durante o parto estejam prontos para receber um bebê com síndrome de Down. Estudar sobre a síndrome, suas complicações e desafios, ajudará a enfrentar essa nova realidade com mais preparo", destaca ele.
EXAME PODE DETECTAR A SÍNDROME AINDA NA GRAVIDEZ
Para mães que desejam a certeza de um diagnóstico sem procedimentos invasivos, há o exame de sangue NIPT (Non Invasive Prenatal Test), que permite rastrear doenças genéticas, incluindo a Síndrome de Down, com uma sensibilidade de até 98%. Este método evita procedimentos invasivos e fornece resultados confiáveis.
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O tratamento para crianças com Síndrome de Down geralmente começa logo após o nascimento, visando desenvolver as habilidades físicas, cognitivas e sociais da melhor maneira possível. Terapias especializadas adaptadas às necessidades individuais da criança, como fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional, são essenciais para seu desenvolvimento. O acompanhamento médico regular é crucial para monitorar o progresso e tratar quaisquer problemas de saúde que possam surgir.
A neuropediatra Dra. Regina Célia Beltrão enfatiza a importância de iniciar os cuidados desde a infância para um melhor desenvolvimento da criança com Síndrome de Down. Ela destaca a neuroplasticidade como um fator chave e ressalta a necessidade de estimulação precoce pela família e profissionais de saúde e educação. Exames como cariótipo, ecocardiograma e teste do pezinho são fundamentais para o acompanhamento médico adequado, visando uma vida mais saudável e inclusiva na sociedade.
Além disso, a Dra. Beltrão destaca que a inclusão social é crucial para o bem-estar e o desenvolvimento da criança com Síndrome de Down, enfatizando a importância de programas de inclusão educacional e oportunidades de participação na comunidade. A abordagem centrada na criança, que reconhece as habilidades e potenciais, é fundamental para promover uma vida plena e satisfatória.
Repórter: Thayná Coelho
"Thayná Coelho, formada em jornalismo, mãe de uma princesa, gosto de trocar dicas de maternidade, escrever sobre saúde, entretenimento e política. Amo futebol, é torcedora do Clube do Remo e fã de Harry Potter".
Coordenação: Ana Paula Azevedo
“Paraense, formada em Comunicação Social – Jornalismo e mãe do baby Maurício, de 9 meses. É apaixonada por pizza e churrasco”.
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