O autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta a comunicação, o comportamento social e a interação social de uma pessoa. É parte de um grupo de condições conhecidas como Transtornos do Espectro Autista (TEA). O autismo é caracterizado por padrões repetitivos de comportamento, interesses restritos e dificuldades na comunicação verbal e não verbal.
As manifestações do autismo podem variar amplamente de pessoa para pessoa, desde formas leves, em que o indivíduo consegue levar uma vida relativamente independente, até formas mais severas, que podem exigir apoio significativo de familiares, amigos e profissionais ao longo da vida.
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As causas exatas do autismo ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que envolvem uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais. Apesar disto, é importante deixar nítido que o autismo não é uma doença e não possui "cura", No entanto, intervenções precoces e tratamentos personalizados podem ajudar a melhorar as habilidades sociais, de comunicação e comportamentais das pessoas com autismo, permitindo que elas alcancem seu máximo potencial e melhorem sua qualidade de vida.
Com base em uma pesquisa conduzida pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, estima-se que mais de 2 milhões de pessoas sejam autistas no Brasil. Essa conclusão decorre da constatação de que 1 em cada 110 pessoas pertence ao espectro autista, de acordo com os dados obtidos pelo referido órgão americano.
Primeiros sinais do autismo
Algumas crianças demonstram o desenvolvimento precoce de suas habilidades motoras, sensoriais, sociais, cognitivas e emocionais, enquanto outras podem levar mais tempo para alcançar esses marcos. Nestes casos em que o desenvolvimento é mais tardio, é natural que os pais questionem: como posso identificar se meu filho tem autismo?
É importante ressaltar que apenas um profissional médico especializado pode oferecer um diagnóstico preciso, é importante que os pais procurem um dos especialistas que são: pediatras, neuropsiquiatra infantil, psiquiatra, psicólogo clínico, neuropsicólogo ou fonoaudiólogo, que podem fechar um diagnóstico sobre a criança.
No entanto, existem alguns indicadores que podem ser observados em crianças, especialmente a partir de 1 ano e meio de idade, que justificam a busca por uma avaliação médica.
Segundo o CRAS (Centro de Referência em Atenção à Saúde), diversos sinais podem indicar a presença do transtorno do espectro autista (TEA). Portanto, na presença de um ou mais desses sinais na criança, é recomendável buscar uma avaliação médica apropriada com especialistas como Neuropediatras, fonoaudiologos e psicólogo clínico.
Sinais de comprometimento social associados ao TEA incluem:
- Falta de contato visual prolongado, geralmente menos de 2 segundos;
- Não responder quando chamado pelo nome;
- Tendência ao isolamento ou desinteresse por interações com outras crianças;
- Evitar falar ou gestualizar para expressar necessidades ou interesses;
- Ausência de imitação;
- Pouca ou nenhuma participação em brincadeiras de faz-de-conta.
- Sinais comportamentais que podem estar presentes no autismo são:
- Organizar objetos em alinhamentos específicos;
- Não utilizar brinquedos de maneira convencional;
- Exibir movimentos repetitivos sem finalidade aparente, como estalar os dedos ou balançar as mãos;
- Manipular objetos girando-os sem razão aparente;
- Repetir frases ou palavras em contextos inadequados (ecolalia);
- Apresentar interesses restritos ou hiperfoco em determinados temas.
- Quanto aos sinais emocionais relacionados ao TEA, podem incluir:
- Hipersensibilidade ou hiper reatividade sensorial, como aversão intensa a certos cheiros ou texturas;
- Indiferença em relação à temperatura e à sensação de dor;
- Rigidez excessiva em relação a rotinas, podendo resultar em crises;
- Falta de interesse em compartilhar seus interesses com os outros.
É importante destacar que nem todas as crianças apresentarão vários sintomas ou que estes serão óbvios. Em alguns casos, a criança pode crescer sem suspeitar que tem TEA, e os familiares podem nunca ter percebido. Em outras situações, os sinais podem ser tão sutis que o diagnóstico só é feito na idade adulta.
Portanto, apenas um médico especializado como pediatras e neuropediatras pode oferecer um diagnóstico preciso para o TEA. Se forem observados comportamentos incomuns, como mencionado acima, é essencial observar esses sinais com atenção para que, durante a consulta, seja possível fornecer ao médico o máximo de informações relevantes. É crucial ressaltar que o diagnóstico não é baseado em exames, mas sim na observação dos comportamentos e do desenvolvimento da criança.
O diagnóstico precoce no autismo é essencial para garantir que as crianças recebam o suporte e a intervenção necessários desde cedo, maximizando assim seu potencial de desenvolvimento e qualidade de vida, além de permitir que as famílias e os cuidadores compreendam melhor as necessidades da criança desde cedo, o que pode reduzir os desafios futuros associados ao autismo, como dificuldades de comportamento e problemas de saúde mental.
Repórter: "Thayná Coelho é formada em Jornalismo, mãe de uma princesa e gosta de trocar dicas de maternidade, escrever sobre saúde, entretenimento e política. Ama futebol, é torcedora do Clube do Remo e fã de Harry Potter".
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