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Pastor que disse que autismo é coisa do diabo pede desculpas

Washington Almeida diz que foi um mal-entendido e soltou o famoso "quem me conhece sabe", para dizer que foi mal interpretado

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Imagem ilustrativa da notícia Pastor que disse que autismo é coisa do diabo pede desculpas camera Ao público, na foto à esquerda, disse que autismo é coisa do demônio. À direita, vídeo em que diz ter sido mal interpretado | Reprodução

Aquela máxima de que é melhor pensar antes, do que dizer algo que venha se arrepender depois, sobretudo no fervor das emoções, evitaria muitos transtornos. Mais do que isso, ter que reconhecer o erro e pedir desculpas.

Essa situação aconteceu com o pastor Washington Almeida, que é conhecido pelos sermões evangélicos na Assembleia de Deus, em Tucuruí, no sudeste do Pará. Na última terça-feira (16), em meio ao culto, o líder religioso fez o discurso preconceituoso e desrespeitoso para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ao dizer que isso acontece devido “o diabo visitar o ventre das desprotegidas”.

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Diante da repercussão negativa da declaração, o pastor Washington usou as redes sociais para publicar um vídeo em que pede desculpas e tentou se retratar. Ele disse que foi um mal-entendido e soltou o famoso “quem me conhece sabe”, para dizer que foi mal interpretado.

Veja o vídeo:

Lógico que a fala do pastor em dizer que o nascimento de pessoas com TEA acontece por motivação demoníaca pegou mal, em que muitas pessoas, sobretudo pais de autistas a se manifestarem contra ele, uma vez que que a conscientização sobre respeito e inclusão ganha destaque na sociedade.

De maneira mais ativa, o Instituto de Defesa, Desenvolvimento e Apoio à Pessoa com Autismo do Sudeste do Pará (IDEASP) registrou um boletim de ocorrência contra o pastor, na Seccional de Tucuruí.

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A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Autismo e da Comissão de Proteção aos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Pará (OAB/PA) repudiou o discurso do pastor e disse que acompanha as medidas tomadas pelas instituições jurídicas de defesa dos direitos das pessoas com deficiência, e segue à disposição para o diálogo e construção de uma sociedade pautada na inclusão e nos direitos humanos.

Edição: Antônio Santos

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