Enquanto muitos deixaram Belém rumo ao interior do Estado durante as férias de julho, outros aproveitam o que a capital tem a oferecer. A Estação das Docas e o Forte do Presépio, alguns dos principais pontos turísticos da cidade, atraíram diversos visitantes na tarde de ontem (21), que optaram por desfrutar de um passeio cultural e gastronômico sem sair de Belém.
Com vista privilegiada para a Baía do Guajará, conhecida por sua variedade de restaurantes e pela paisagem que oferece, a Estação das Docas foi ponto de movimentação para quem aproveitava a tarde para desfrutar de uma boa conversa ou a área de alimentação. João Moraes, de 44 anos, natural de Belém, mas residente de Brasília, visitou o complexo com a família. “Escolhi a Estação das Docas porque atualmente acho que é mais prazeroso passear aqui, ver o rio e tudo. Vim a passeio para ver a família e estou aproveitando para revisitar lugares que sempre gostei”, comentou João, acompanhado da esposa e da filha, além de outros familiares.
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A nutricionista Natália Costa, 37 anos, da cidade de Santarém, que está visitando a capital paraense há uma semana, também escolheu a Estação para passar parte do fim de semana na companhia de uma amiga. “Aproveitei para fazer alguns passeios pela cidade e a Estação das Docas é sempre um ambiente agradável, pelas várias opções de restaurantes e pelo visual à beira do rio. É um lugar que sempre visito quando venho a Belém”, relatou.
Enquanto isso, no Forte do Presépio, espaço que integra o complexo Feliz Lusitânia, área que reúne alguns dos principais pontos turísticos do centro histórico de Belém, a movimentação foi tranquila. A estudante de odontologia Izabela Prado, 20, levou sua tia Ana Lúcia, de Bragança, para conhecer o local. “Escolhi o Forte porque minha tia não é daqui e queria mostrar esse ponto turístico famoso. Apesar de morar em Belém há 13 anos, também é minha primeira vez aqui e estou achando a estrutura e toda a história que carrega muito interessantes”, conta.
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Vindos do Rio de Janeiro, o petroleiro Gustavo Marun, 47, e a administradora Patrícia Figueiras, 49, estão explorando Belém e os arredores. “Sempre ouvi falar muito bem de Belém, pela culinária, pela natureza e pela história. Chegamos na capital, fomos a Alter do Chão e voltamos para conhecer a parte histórica. Para esse final de semana, conhecemos o Mercado Ver-o-Peso e o complexo Feliz Lusitânia. Gostei muito. A cidade tem muita riqueza cultural e histórica que precisa ser mais exaltada”, comentou Gustavo.
Patrícia acrescentou que está visitando o Estado para aprender com a riqueza cultural local. “Escolhemos o Forte para ser atração por todo o significado que tem. A vista é linda, e é um programa maravilhoso para quem mora aqui; para manter, acredito que é essencial preservar a natureza e exaltar as características locais”.
Praça da República: passeios e piqueniques
Cercada por vários edifícios importantes, incluindo o Theatro da Paz, a Praça da República é uma alternativa para quem busca relaxamento e descontração, que foi o caso deste domingo, 21. Longe dos balneários badalados em julho, centenas de pessoas encontraram ali o lugar certo para piqueniques e passeios ao ar livre.
O promotor de vendas Paulo Dias, 52, contou que costuma passear com a família na Praça da República, especialmente aos domingos. “O meu filho é autista e gosta muito da praça. Então, a gente sempre passeia por aqui porque é um lugar agradável, onde a gente encontra tudo que a gente quer: diversão, compras nas feirinhas e brinquedos antigos, é uma diversão para a família toda, mas hoje estamos só nós dois. Como estamos de férias e a gente não viajou, é uma oportunidade pra gente ter um momento em família e criar memórias juntos”, afirmou.
A Praça da República retrata uma tradição da artesania paraense com a presença das dezenas de barracas pelo espaço. O costume é antigo, desde o século 19, quando o entorno da Praça da República era chamado de Largo da Pólvora e projetava a forte cena artística e cultural desenvolvida na capital paraense a partir da Belle Époque.
Com uma toalha estendida no gramado, a família do soldador Egui Santos, 36, com a esposa Maria Cristina, 34, se divertiu em um piquenique apetitoso. “A gente trouxe comida, refrigerante, água, fruta, livro, muita coisa boa e gostosa. Sempre que a gente vem para cá tem alguma novidade. Por exemplo, tem as feiras e o artesanato, tem opções para as crianças brincarem, venda de comidas também, mas tem eventos culturais na praça e no Theatro da Paz, que é um local bom para conhecer a história da cidade”, disse a cozinheira. “É uma coisa boa fazer isso de vez em quando, para espairecer mais a mente, reunir a família, ficar mais tranquilo”, completou o marido da jovem.
A pedagoga Regina Ruivo, 61, que estava com a filha, o genro e o neto, acompanhou a criança no pula-pula. “É muito importante ter esse momento de relaxamento e de distração durante o mês de férias, tanto para as crianças quanto para nós, adultos. Na minha condição de idosa, para mim, isso é muito bom e satisfatório. Para a criançada, essa interação é fundamental”, considerou.
Regina Ruivo comentou ainda sobre o estado da estrutura do local. “A Praça da República é tudo de bom pra gente. Infelizmente, a gente está sentindo uma necessidade de melhorias. Por exemplo, nós estávamos andando e encontramos muitas pedras soltas. Isso é uma coisa muito negativa. As crianças podem cair, se machucar, mas, fora isso, a gente está feliz passeando. Temos um refúgio com as sombras das árvores, isso é muito valioso pra gente”.
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