Família denuncia depredação de túmulo em cemitério de Belém

Neste domingo (11) é comemorado o Dia dos Pais no Brasil. A data, para muitos, é marcada pela exaltação da figura paterna com atitudes de carinho, presentes e outras demonstrações de afeto. Já para outros, é um dia para lembrar a memória de quem já se foi.

Uma mulher denunciou uma grave situação ocorrida no Cemitério Santa Izabel, localizado no bairro do Guamá, em Belém. Ao chegar no túmulo de seu pai na manhã deste domingo (11), encontrou o local depredado.

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Em relato ao repórter Gilberto Moura, do Jornal Diário do Pará, a mulher, identificada como Ana Fonseca, denunciou que costuma sempre reformar o mausoléu onde o pai está sepultado, mas todas as vezes após a reforma, encontra o espaço depredado.

"Nós que cuidamos do mausoléu do meu pai, mas tem um problema: tudo o que é colocado aqui é roubado. Primeiro tinha uma cruz de metal, que levaram. Deixamos um santinho e também levaram. Colocamos um banquinho aqui na frente do túmulo e quebraram. Já mandei consertar três vezes esse banco e, agora que cheguei aqui para visitar meu pai neste Dia dos Pais, encontrei novamente quebrado", desabafou ela, revoltada com a situação.

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A mulher disse que chegou a ir até o escritório da administração do Cemitério Santa Izabel, mas, ao chegar lá, não recebeu a resposta que esperava.

"Procurei a administração, mas o administrador me falou que isso não é problema deles. Ele disse que eu tenho que bater foto e dar entrada com um processo na Seurb (Secretaria Municipal de Urbanismo de Belém). Não entendo porque tem administrador aqui dentro se eu tenho que procurar gente de fora pra resolver algo que acontece no cemitério", declarou Ana.

O DOL tenta contato com a Prefeitura de Belém.

ABANDONO E VIOLÊNCIA

O Cemitério Santa Izabel é um dos maiores espaços mortuários públicos de Belém. No entanto, quem frequenta o local se depara com um constante cenário de abandono total.

A violência toma conta do espaço, que, inclusive, registrou dois homicídios apenas no mês de julho. Sem segurança, sem cuidado, quem precisa ir até o cemitério visitar seus entes queridos convive com o medo.