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MORTO NA UCRÂNIA

Família acredita que rede influenciou Thiago a ir à guerra

A morte de Thiago Nunes, jovem paraense que foi à guerra na Ucrânia, gera comoção e dúvidas sobre sua ida e o resgate do corpo. Entenda a história.

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Imagem ilustrativa da notícia Família acredita que rede influenciou Thiago a ir à guerra camera Thiago Nunes | Reprodução

A morte do paraense Thiago Nunes, de 18 anos, que foi atuar na guerra da Ucrânia, causou surpresa e comoção em todo o Estado. Após a notícia sobre o jovem, uma carreata foi realizada no município de Rurópolis em sua homenagem, contando com a presença de diversos familiares e amigos.

O caso, entretanto, ainda alimenta muitas dúvidas e incertezas. Segundo familiares de Thiago, o corpo do jovem ainda não foi resgatado da área de combate, sem previsão de traslado. As próprias circunstâncias da ida de Thiago à Ucrânia ainda não estão completamente esclarecidas para os parentes do jovem.

Em um vídeo gravado pela jornalista Mabi Borgaro, a irmã de Thiago, Vanessa Nunes, afirma que conversava com o irmão cotidianamente depois que ele foi para a guerra, mas que não tinha muitos detalhes sobre a situação dele.

“A gente falava com ele todos os dias, desde quando viajou, ele falava, mandava vídeos. Quando ele chegou ele mostrou esse outro rapaz, que era brasileiro, e mais dois de outros países. Estavam em quatro neste acampamento”, afirmou a irmã de Thiago no vídeo. “Mandava vídeo e fotos dele com arma, com alimentos. O último contato que tivemos foi segunda-feira, falando que ia para uma missão, mas que voltaria em três a quatro dias”.

A família de Thiago diz que ele viajou legalmente, tirando o passaporte em Santarém e conseguindo o visto, mas que o motivo que o levou a se voluntariar para a guerra ainda não está esclarecido. “Até agora a gente não tem uma resposta concreta, mas acredito que foi por um site. E o Thiago não foi o primeiro, não é o único. Ele é um entre milhares deles, que eu vejo nos comentários dos vídeos de gente dizendo que sente falta do irmão, do pai que foi e não voltou. Eu acredito que alguém viu, acabou entrando em contato e a influenciar”, continuou Vanessa.

“O Thiago vivia 24 horas dentro do quarto, quando não estava trabalhando e estudando. Ele comprou livros, começou a estudar línguas de fora, e sempre falava que queria participar de guerra, ajudar. A gente dizia para ele parar de bobagem, mas ele sempre insistia”, continuou. “Eu acredito que por um site ele acabou conhecendo outros jovens que também tinham vontade, que viu as promessas de trabalho, de ganhar melhor. Nunca imaginamos que ele poderia ir para lá”

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