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SUSTENTABILIDADE

Estudantes criam projeto "Teto Verde" para amenizar o clima

Estudantes da rede estadual criaram o projeto "Teto Verde" com o objetivo de implementar práticas sustentáveis que reduzam a temperatura e amenizem o clima. Confira!

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Imagem ilustrativa da notícia Estudantes criam projeto "Teto Verde" para amenizar o clima camera O “Teto Verde” consiste no cultivo de vegetação, em um caramanchão com plantas trepadeiras regionais e irrigação ecológica. | Foto: Divulgação

Desenvolver práticas sustentáveis que promovam educação ambiental e conscientização sobre a importância de se preservar a natureza e cuidar do Meio Ambiente são imprescindíveis na infância, desenvolvendo nas crianças uma consciência coletiva sobre as discussões ambientais. Nesse momento que antecede a COP30 em Belém, a prática ainda com muito mais força.

Por esse motivo, estudantes da Escola Estadual Bento XV, em Belém, estão desenvolvendo uma ação inovadora para melhorar a qualidade ambiental na instituição. Por meio do Projeto "Teto Verde", os estudantes vêm implementando soluções sustentáveis para reduzir a temperatura nas áreas externas da escola, em busca de um ambiente mais saudável e agradável para todos. A iniciativa está entre os projetos selecionados para compor a I Conferência Internacional Infantojuvenil sobre Educação e Mudanças do Clima (CYC), que será realizada no período de 17 a 21 de março de 2025, na capital paraense.

O “Teto Verde” consiste no cultivo de vegetação, em um caramanchão com plantas trepadeiras regionais e irrigação ecológica. O projeto procura engajar os alunos em boas práticas de sustentabilidade ambiental no contexto das mudanças do clima.

O projeto procura engajar os alunos em boas práticas de sustentabilidade ambiental no contexto das mudanças do clima.
📷 O projeto procura engajar os alunos em boas práticas de sustentabilidade ambiental no contexto das mudanças do clima. |Foto: Divulgação

“O nosso projeto surgiu em decorrência de um problema na escola. Nós temos um pátio de recreação descoberto, extremamente quente, e a nossa área interna é toda em solo impermeabilizado, ou seja, nós não temos área verde. E quando as crianças brincavam, durante o intervalo, elas se sentiam muito cansadas e ofegantes. Começamos a levantar a possibilidade de uma solução para esse problema. Na verdade, a gente escolheu uma turma, que são crianças de 9 anos, para conversar sobre o que fazer para tornar aquela área mais agradável, e chegamos à construção de um grande caramanchão com cobertura verde. A gente crê que todos nós precisamos intervir positivamente no nosso meio, e acreditamos que formar a criança vai permitir que tenhamos seres humanos mais responsáveis”, frisou Rosângela Paes, vice-diretora da unidade de ensino.

A destinação de resíduos orgânicos produzidos na escola para a produção de adubo, por meio de compostagem, faz parte do projeto, desenvolvido com alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, mas que mobiliza toda a comunidade escolar.

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A estudante Clara Canuto, do 4º ano, disse que já aprendeu “várias coisas sobre como podemos ajudar o meio ambiente, a redução do lixo, o próprio caramanchão, que vai ajudar a reduzir o calor dentro da escola, e também vamos estar compartilhando o ar que as plantas dão para a gente, além do clima”.

“Está sendo trabalhada a questão do efeito estufa, aquecimento global, para que eles tenham uma noção ampla sobre isso, e saber que meios podem estar utilizando para contribuir para a diminuição. Eles estão aprendendo dentro desse projeto e, para nós, é uma honra estar trabalhando com isso, porque a gente sabe que a sustentabilidade vem a partir dessas crianças, que com essa ideia, com esse conhecimento desde pequeninos, com certeza a gente vai poder alcançar essa mudança climática para melhor, e trazer mais verde, mais oxigênio, mais vida”, ressaltou Mônica Ferreira, professora de Educação Ambiental na Escola Bento XV. A iniciativa mostra como a educação pode ser uma ferramenta para enfrentar os desafios ambientais. Ao se empenharem em criar soluções para os problemas climáticos, os estudantes estão cuidando de seu próprio futuro e inspirando outras escolas e comunidades a adotar práticas mais sustentáveis.

A iniciativa mostra como a educação pode ser uma ferramenta para enfrentar os desafios ambientais.
📷 A iniciativa mostra como a educação pode ser uma ferramenta para enfrentar os desafios ambientais. |Foto: Divulgação

Política de Educação Ambiental

Idealizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a Política Pública de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima promove a preservação e a coexistência ambiental por meio da educação, principal agente de transformação social. A iniciativa integra as ações do governo do Estado desenvolvidas para a proteção da floresta amazônica, que servirão de referência ao mundo em 2025, quando Belém sediará a COP 30 (conferência mundial sobre mudanças climáticas). Com as ações da Política de Educação, o Estado amplia sua atuação e reforça a importância da juventude e da educação na manutenção do meio ambiente.

Em 2024, os mais de 500 mil estudantes das escolas da rede pública estadual de ensino passaram a dispor do componente curricular de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima de forma obrigatória, desde o 1º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio.

A rede estadual implementou a disciplina Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima desde o 1º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do ensino médio.
📷 A rede estadual implementou a disciplina Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima desde o 1º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do ensino médio. |Foto: Divulgação

A Conferência Internacional Infantojuvenil sobre Educação e Mudança do Clima promove o intercâmbio entre jovens sobre questões ambientais. Os projetos e ações dialogadas, no âmbito da sustentabilidade e clima, durante a CYC serão levados para a COP 30, que ocorrerá em novembro de 2025, na capital paraense.

A Seduc vem incentivando iniciativas de estudantes da rede pública estadual para apresentar sugestões à agenda climática. Foram submetidos à CYC cerca de 700 projetos de estudantes estaduais, incluindo seis projetos de escolas estaduais indígenas e seis de territórios quilombolas.

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