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O assunto “traição” pode ser algo muito desconfortável de se debater. Por variados motivos, a palavra em si já causa incômodo em algumas pessoas, principalmente em relação às experiências que cada um viveu ao longo dos anos. Mas é indiscutível que a traição vai muito além do contato físico e sexual, pois, com o avanço das redes sociais, as distâncias diminuem cada vez mais, fazendo com que a infidelidade ganhe novas formas e características. Uma dessas modalidades, que é pouco ou quase nunca mencionada, é a traição emocional.
“A traição emocional ocorre quando uma pessoa cria essa conexão mais intensa com o próximo. Seja homem, seja mulher, o parceiro(a) fica de fora dessa relação. Ela vai ultrapassando os limites daquela amizade, daquele diálogo, que poderia ser uma coisa muito boba e acaba se desenvolvendo ali no decorrer do tempo. Aquela pessoa sendo confidente das suas frustrações emocionais, acaba também dando ao mesmo tempo aquele apoio que ele precisa, que ele não tem dentro da relação, que é bem comum, infelizmente, nos relacionamentos de acontecer”, explica a terapeuta e sexóloga Iranilde Brito, de Belém.
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Entre os principais sinais da traição emocional, a sexóloga aponta para as ações e comportamentos:
- Esconder o celular
- Trocas de mensagens com intimidades não compartilhadas com o parceiro(a)
- Estar sempre afastado do parceiro(a)
- Falta de comunicação sobre assuntos delicados
- Distanciamento emocional
- Mudança no comportamento e na rotina
A internet como facilitadora
Iranilde Brito aponta que a tecnologia atua como um facilitador para a traição emocional, uma vez que o celular traz mais facilidade conhecer pessoas novas e conversar, além da possibilidade de expressar sentimentos a terceiros de forma privada.
“A tecnologia faz parte da nossa vivência, não tem como a gente fugir dela. Nessa nova era que estamos na internet, é uma outra forma de comunicação e ela vai trazer coisas boas e coisas ruins. Essa traição emocional que vem através da internet é uma coisa ruim, porém também é uma coisa boa, porque a pessoa consegue conversar, então ela não guarda para si. Pode ser que antes, quando a gente não tinha essa ferramenta, as pessoas não conseguiam se comunicar. Agora, há essa facilidade de dialogar, de expressar suas dores a alguém distante, um terceiro além da sua companhia oficial”, afirma a sexóloga.
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Um assunto pouco explorado
A traição emocional não detém tanta atenção quanto a traição física. Por isso, Iranilde reforça que é preciso, em primeiro lugar, definir alguns limites de quando aquela interação com pessoas fora do relacionamento pode ser configurada como uma traição.
“A traição emocional é pouco discutida em relação à física. Para que possamos visualizar a traição emocional, precisamos estipular alguns parâmetros. Tudo depende de como a relação está pautada. A proximidade com um(a) amigo(a), estar compartilhando dores e aspirações, isso pode variar de casal para casal. Em alguns casos, isso pode ser uma espécie de traição, em outros, nem tanto”, alerta.
A sexóloga também destaca que a “falta de provas” da infidelidade emocional dificulta a identificação. “Não abordamos tanto a traição dessa forma porque a gente precisa de provas, algo concreto. As mensagens, as imagens, a conversa, isso faz com que a pessoa fique sempre em alerta. Então, acaba sendo ruim ver você ter uma relação boa, legal, gostosa, prazerosa, acaba sendo uma coisa ruim, porque a pessoa tá sempre procurando ali provas para identificar essa infidelidade. A gente tem pouca informação relacionada à infidelidade emocional e na infidelidade física, por isso a dificuldade em identificar”, conclui Iranilde.
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