
Com a chegada do Carnaval, os foliões se preparam para os dias de festa intensa. Mas, enquanto a diversão toma conta, alguns cuidados com a saúde bucal podem acabar sendo deixados de lado, o que pode resultar em problemas como mau hálito e até a transmissão de doenças.
Além disso, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, comum nesse período, pode prejudicar a hidratação do corpo, impactando diretamente a saúde da boca. Para evitar esses problemas e garantir que a folia seja só alegria, a atenção redobrada com a higiene bucal e hidratação constante são algumas das dicas do cirurgião dentista Salomão Fima.
Ele explica que o álcool provoca inflamações celulares e pode desencadear problemas como gengivite, periodontite e xerostomia (boca seca), sendo ainda mais prejudicial para pessoas com doenças preexistentes, como diabetes. “O álcool inflama nossos órgãos, principalmente os rins e o fígado. Para quem tem comorbidades, o ideal é evitar bebidas alcoólicas e optar por alternativas sem álcool”, alerta o especialista.
Outro ponto que merece atenção é o mau hálito, que pode ser um grande inimigo na hora da conquista. A ingestão frequente de bebidas alcoólicas e alimentos muito condimentados pode contribuir para o odor desagradável.
ESCOVAÇÃO
“O mau hálito é multifatorial, mas a melhor forma de evitá-lo é manter a escovação em dia e o uso do fio dental. O ideal é sempre carregar um kit com escova de dentes, creme dental e enxaguante bucal”, aconselha, lembrando que a umidade da boca favorece a proliferação de bactérias, o que pode piorar o problema.
Os foliões mais entusiasmados também precisam estar atentos aos riscos que os beijos podem trazer. O contato com muitas pessoas desconhecidas aumenta a chance de transmissão de doenças. “A mononucleose, conhecida como ‘doença do beijo’, é uma das principais enfermidades transmitidas dessa forma. Ela pode causar fadiga, mal-estar, inflamação das glândulas da garganta e febre. Também há risco de gripe, resfriado, H1N1, herpes labial; além de candidíase, sífilis e até catapora”.
A candidíase oral pode ser passada caso haja um desequilíbrio da microbiota bucal; a sífilis e a catapora só são transmitidas pelo beijo se houver contato direto com lesões ativas na boca ou na pele da pessoa infectada. “Muitas vezes, com o consumo de bebida alcoólica, a pessoa não percebe que está beijando alguém com uma lesão de herpes ativa, o que facilita a transmissão”.
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Fima reforça que muitas dessas doenças precisam estar em fase ativa para serem transmitidas, mas o risco aumenta quando há lesões visíveis, como no caso do herpes labial – doença que ele tem o registro de maior número em seu consultório neste período do ano.
Para manter a saúde bucal em dia durante os dias de folia, o básico nunca falha: a escovação e o uso do fio dental são indispensáveis, mas outros cuidados também são recomendados. “Não existe um tempo base para ficar escovando, como de 2 em 2 horas; porém, se a pessoa comeu algo, o ideal é pegar o kitzinho e manter o cuidado”.
Hidratação, higiene e atenção aos sinais do corpo são aliados para manter o sorriso bonito e saudável durante e depois do Carnaval. “O ideal é procurar um dentista assim que o Carnaval acabar, para avaliar se houve algum problema e traçar um plano de tratamento”, recomenda Fima.
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