
A mineração é uma das principais atividades desenvolvidas na região Norte e o Pará, uma das maiores províncias minerais do mundo, está entre os Estados que mais contribui para a balança comercial brasileira através da atividade da mineração, atividade que iniciou na década de 1970 e que até hoje desperta o interesse e atrai investimentos de várias multinacionais responsáveis pela extração e beneficiamento de diferenciadas matérias-primas em vários municípios paraenses.
Além disso, o estado possui ainda características especiais, como por exemplo, grandes jazidas de bauxita e de ferro, que estão entre as maiores e melhores do planeta. Atualmente, o Pará é responsável por cerca de metade do total exportado de ferro e alumínio pelo Brasil.
Parauapebas, Canaã dos Carajás, Marabá, Paragominas e Oriximiná têm se destacado, fomentando a arrecadação de royalties e dinamizando o mercado de trabalho regional dentro da mineração, sendo que os dois primeiros são os principais munícipios mineradores no Pará. O minério mais exportado do Pará em 2024 foi o ferro. E o principal comprador foi a China.
Conteúdos relacionados:
- Pará lidera produção mineral e impulsiona economia nacional
- Vale tem mais de 150 vagas de emprego: salários de R$ 4,300 + benefícios
No Pará os produtos minerais correspondem, em média, a 72% da pauta exportadora do Estado: entre 2011 e 2023 o menor nível e participação foi de 60,1%, registrado em 2015. O maior nível foi observado em 2021, quando a mineração respondeu por 83,4% das exportações paraenses. Em 2023 os minerais contribuíram com 70,5% do valor exportado pelo Pará, quando o Estado alcançou a expressiva cifra de R$ 15,7 bilhões em exportações.
Dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) mostram que o Brasil produziu e exportou 1,7 bilhão de toneladas em minérios em 2023. No mesmo período, o Pará produziu 302,9 milhões toneladas da substância, o que representa 17,7% da produção nacional.
Pela Lei, parte de toda essa produção também precisa ser revertida em benefício para os territórios de onde são extraídas. A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CEFEM) é gerenciada pela ANM, que é responsável pela distribuição dos recursos compensatórios.
As compensações pela extração mineral no Estado também acontecem por meio de obras e projetos urbanos, apoio a ações sociais, projetos de reflorestamento, recuperação e áreas degradadas, de preservação ambiental e proteção à fauna.
Muito do capital social das empresas mineradoras está na relação da comunidade onde atua e nos compromissos assumidos com o desenvolvimento sustentável. Ao mesmo tempo que contribui com a solidez financeira essas empresas atuam para deixar um importante legado social ás comunidades do entorno.
Quer saber mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no Whatsapp
Desde a década de 1970, quando teve início a produção mineral no Pará, as atividades de extração e beneficiamento de minério vêm passando por técnicas de aprimoramento e qualificação, inclusive no campo jurídico, garantindo que mesmo depois de encerradas as atividades deixem um legado de desenvolvimento e de qualidade de vida para as populações das cidades onde diferentes projetos seguem em andamento. É associar mineração e desenvolvimento sustentável para fazer do Pará um Estado cada vez mais forte e rico em oportunidades
As vastas jazidas encontradas no território paraense e o avançado aproveitamento técnico desses recursos representam uma grande força na economia local e nacional, com contribuição positiva no Produto Interno Bruto (PIB) no Estado do Pará.
Os minérios de ferro, alumínio e cobre são os pilares da produção paraense, mas nosso Estado também possui jazidas de níquel, bauxita, manganês, ouro, caulim, chumbo, zinco e titânio. Apenas em 2022 o setor gerou 330 mil empregos indiretos, impulsionado por grandes projetos e investimentos locais. As cidades de Parauapebas, Canaã dos Carajás, Marabá, Ipixuna do Pará, Barcarena, Paragominas e Oriximiná são as que mais se destacam na atividade mineral.
Das substâncias encontradas no Pará o minério de ferro é a mais expressiva: em 2021 foram 174,7 milhões de toneladas produzidas e exportadas, representando 30% do ferro produzido no país.

Nossos Minérios
- Bauxita: A bauxita é constituída por óxido de alumínio hidratado de composições variáveis e formada por misturas e impurezas, como sílica, óxido de ferro e titânio. O Brasil é o terceiro maior produtor de bauxita do mundo, atrás apenas da Austrália e China. A bauxita é matéria-prima da alumina e do alumínio metálico. Com 5 toneladas de bauxita, produz-se, em média, 2,5t de alumina e esta produz 1t de alumínio metálico. Locais: Oriximiná, Juruti, Paragominas e Rondo do Pará
- Ferro: O minério de ferro é a matéria-prima do ferro-gusa e do aço, que é usado na produção de ferramentas, máquinas, veículos, linhas de transmissão de energia elétrica, como elemento estrutural para a construção de edifícios e casas, além de possuir uma infinidade de outras aplicações. Locais: Curionopólis, Cannã dos Carajás e Parauapebas
- Alumínio: É o terceiro elemento mais abundante da crosta terrestre. O alumínio é um metal leve, macio, porém resistente, de aspecto metálico branco, que tem um revestimento fino de um óxido. É utilizado para a fabricação de fios e cabos, além de ser usado na indústria aeroespacial, construção civil, embalagens e indústria automobilística. Local: Barcarena
- Caulim: É formado, essencialmente, pela caulinita, apresentado, em geral, na cor branca devido à coloração da caulinita. O caulim é amplamente utilizado, principalmente, na indústria da produção de papel como cobertura para retirar a rugosidade original e dar qualidade ao produto final. Locais: Aurora do Pará e Ipixuna do Pará
- Cobre: É utilizado da agricultura à purificação da água, por possuir importantes propriedades antibacterianas. Sua principal finalidade é na condução de eletricidade, como fios condutores, e também em encanamentos para água em clima frio, utilizada no consumo diário. Locais: Itaituba, Marabá, Água Azul do Norte, Tucumã, Canaã dos Carajás e Curionopólis
- Manganês: É utilizado na liga que dá origem ao aço. No corpo humano, está envolvido na formação do osso e é um componente de muitas enzimas que desempenham papéis importantes em proteínas. Existem dois tipos principais de manganês: o metalúrgico e o eletrolítico, que serve para fazer pilhas. Existe ainda um tipo mais raro de manganês que pode ser usado na agricultura. Locais: Marabá, Parauapebas e Eldorado dos Carajás
- Níquel: Este metal é um bom condutor de eletricidade e calor. Dúctil e maleável, é importante para a produção industrial, com uma grande resistência à oxidação e corrosão e mais duro do que o ferro. Destaca-se, também, pelo magnetismo, que o transforma em ímã ao contato com campos magnéticos. Locais: Curionópolis, Ourilândia do Norte e Conceição do Araguaia
- Ouro: O ouro é um metal nobre, de elevada densidade e baixa dureza. É um dos metais mais conhecidos e antigos já descobertos, muito por estar amplamente disperso no mundo todo, tendo sido descoberto por vários grupos distintos em muitos locais e épocas diferentes. É um metal com ótima condutividade elétrica, atrás somente da prata e cobre. O Brasil está entre as seis maiores jazidas de ouro do mundo. Locais: Itaituba, Altamira, Pacajá, Cachoeira do Piriá e Senador José Porfírio
- Silício: Do latim, sílex ou “pedra dura”, o silício é um elemento químico semi-metal que, na natureza, é encontrado na forma sólida. Sendo bastante resistente a ácidos, é muito utilizado em ligas metálicas e é matéria-prima principal na produção da maioria dos circuitos e chips eletrônicos. Deve-se justamente a isso o nome da região Vale do Silício, na Califórnia, polo industrial da tecnologia da informação e comunicação. Faz parte dos minérios em reserva e produzidos no Pará. Locais: Ourilândia do Norte e São Geraldo do Araguaia
- Fosfato: Os fosfatos são compostos muito encontrados em minerais, como por exemplo, a fosfopirita, a apatita e a uranita. Os fosfatos, quando solúveis, são utilizados em larga escala na agricultura e no tratamento do solo para renovação de culturas. O fosfato de cálcio é um constituinte essencial de dentes e ossos. Locais: Bonito e São Félix do Xingu
Faturamento no setor mineral do Brasil chegou a R$ 270 bilhões em 2024
O faturamento do setor mineral em 2024 alcançou R$ 270,8 bilhões, avanço de 9% ante 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O minério de ferro concentrou 59,4% do faturamento anual, com R$ 160,7 bilhões, valor 8,6% maior que o registrado em 2023. O setor apresentou alta nas exportações em 2024, alcançando 402 milhões de toneladas, totalizando cerca de 43 bilhões de dólares.
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), em novembro de 2024, a indústria mineral alcançou o patamar de 221.696 empregos direto (exceto petróleo e gás), com 78 mil vagas apenas no Pará. Foram geradas 8.703 vagas entre janeiro e novembro de 2024 dentro do setor mineral.
Os Estados de Minas Gerais, Pará e São Paulo lideraram o faturamento no ano, com participações de 40%, 36,1% e 3,8%, respectivamente. A previsão dos investimentos do setor em projetos é de US$ 68,4 bilhões para o período de 2025-2029, aumento de 6,6% em relação às estimativas para o período anterior.
O saldo da balança comercial mineral foi de US$ 34,9 bilhões em 2024, equivalente a 47% do saldo da balança comercial brasileira. As exportações alcançaram 400 milhões de toneladas de produtos, aumento de 2,6% em relação ao ano de 2023, totalizando cerca de US$ 43,4 bilhões, aumento de 0,9%.
As importações minerais caíram 23% em dólares, totalizando US$ 8,5 bilhões, e 1,6% em volume, totalizando 41,2 milhões de toneladas. Já a arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) totalizou R$ 7,5 bilhões, avanço de 8,6%.
Para Anderson Baranov, presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), ampliação das boas práticas ESG na mineração da Amazônia é essencial para equilibrar desenvolvimento econômico, preservação ambiental e inclusão social. “O setor tem avançado com investimentos em tecnologias de descarbonização, reabilitação ambiental e gestão responsável dos recursos naturais, contribuindo para a redução dos impactos operacionais”, destaca o executivo. Baranov destaca a importância da mineração como pilar fundamental na transição energética e no desenvolvimento social da região.
“O Pará tem se destacado como referência em inovação e sustentabilidade no setor mineral, promovendo a descarbonização e gerando benefícios para as comunidades locais”, afirmou.
Curiosidades
- Alumínio: O Brasil é quarto maior produtor do planeta de alumínio (bauxita) e tem, e o Pará na liderança nacional. É o metal não ferroso mais utilizado pelo homem em utensílios domésticos, equipamentos elétricos, móveis, eletrodomésticos, produtos de higiene, embalagens, transporte, cosméticos e produtos farmacêuticos.
- Ferro: O ferro é o mais representativo do Pará entre todos os minerais produzidos. Sob a ótica econômica, é o principal insumo de siderúrgicas para a fabricação do aço, base de diversas indústrias, como construção civil, de eletrodomésticos e automobilística. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de minério de ferro, com o Pará respondendo por 174,7 milhões de toneladas, o que corresponde a 30% de todo o ferro produzido no Brasil. O Estado fica atrás apenas de Minas Gerais, que produziu 391,5 milhões de toneladas - 67,3% do total nacional.
- Cobre: Outro destaque é o minério de cobre, um dos mais explorados em todo o mundo por sua forma metálica ter propriedades como alta durabilidade, ductibilidade, maleabilidade e resistência à corrosão a altas temperaturas, além do fato de ser um produto escasso na geologia global. Apenas cinco estados brasileiros apresentaram produção de cobre em 2023 (por exemplo) e o Pará é o maior produtor, com 57,8 milhões de toneladas produzidas, equivalente a 60,6% do cobre brasileiro. Goiás vem em seguida, com 29,5 milhões de toneladas, correspondente a 31% da produção nacional.

Vale celebra 40 anos em 2025 empregando mais de 60 mil no Estado
Em 2025, a Vale comemora quatro décadas de atividades no Pará. No estado, a companhia desenvolve suas principais operações de mineração, produzindo ferro, cobre e níquel, além de operar a Estrada de Ferro Carajás (EFC). Ao longo desses 40 anos, o setor de mineração consolidou a região como uma referência nacional, impulsionando a arrecadação, a geração de empregos e movimentando toda a cadeia produtiva de fornecimento de bens, insumos, equipamentos e prestação de serviços.
Atualmente, a Vale emprega mais de 60 mil pessoas no Pará, entre empregados próprios e terceiros. Entre 2019 e 2023, a companhia investiu mais de R$ 126 bilhões no estado para custeio das operações e novos investimentos. O volume de compras de empresas com matriz e filial no Pará foi de R$ 43 bilhões. Em termos de arrecadação, foram gerados R$ 25,9 bilhões em ICMS, ISS, CFEM e TFRM e destinados cerca de R$ 3,7 bilhões em dispêndios sociais e ambientais ao estado no mesmo período.
Além dos investimentos, a Vale tem atuado na proteção da Amazônia. Ao longo dessas quatro décadas, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a empresa ajuda a proteger cerca de 800 mil hectares de florestas no mosaico de Carajás, no sudeste do Pará, uma área equivalente a sete vezes a cidade de Belém. As operações da empresa ocupam menos de 3% do mosaico.
Na área, a Vale mantém equipes de guardas florestais que monitoram a floresta 24 horas por dia, sete dias por semana, além de outras ações com foco na conservação da Amazônia, numa demonstração de que é possível conciliar atividade mineradora com a conservação do meio ambiente.
Em Belém, a Vale mantém ainda o Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), instituição sem fins lucrativos criada há 15 anos. O foco do ITV-DS é contribuir com o Pará e o Brasil no desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para os desafios da cadeia da mineração e da sustentabilidade para as futuras gerações e a Amazônia.
A empresa também aderiu ao Programa Estrutura Pará do Governo do Estado e é responsável por 26 construções em 22 cidades, beneficiando mais de 3 milhões de pessoas. Entre os projetos estão as Usinas da Paz, o Hospital Materno-Infantil de Marabá, a revitalização do Porto Futuro II e a construção do Parque da Cidade, ambos na capital.
Com o olhar para o futuro, o mais recente anúncio da empresa foi o Programa “Novo Carajás”, com investimentos de R$ 70 bilhões em cinco anos (2025-2030), que visa a expansão minerária de Carajás, incluindo minas em operação, expansões e novos alvos, para impulsionar o beneficiamento de minério de ferro e cobre, minerais essenciais para a descarbonização e a transição energética global. O programa trará ainda uma contribuição relevante no PIB do Pará, na ordem de R$80 bi a 100 bi/ano. A produção futura do programa, nas bases atuais, permitirá um aumento de R$ 15 bilhões nas exportações do estado.
EM NÚMEROS
OUTRAS INFORMAÇÕES
- Exportações: cerca de 400 milhões de toneladas (+ 2,6% em relação a 2023) • Receita: US$ 43,4 bilhões (+ 0,9%).
- Minério de ferro: 68,7% das exportações.
- Importações: 41,2 milhões de toneladas
- Gasto: US$ 8,5 bilhões (23,1%).
- Saldo da balança comercial mineral: US$ 34,9 bilhões, equivalente a 47% do saldo da balança comercial brasileira (US$ 74,5 bilhões ou -24,6% em relação a 2023).
- Tributos: a arrecadação aumentou cerca de 9%, totalizando R$ 93,4 bilhões. O recolhimento de CFEM (royalty) totalizou R$ 7,5 bilhões (+ 8,6%).
- Empregos: Foram geradas 8.703 novas vagas (são 221,7 mil empregos diretos).
- Faturamento: R$ 270,8 bilhões (+ 9,1%).
- Minério de ferro: 59,4% do faturamento.
- Investimentos no Brasil: revisão de US$ 68,4 bilhões para período 2025-2029.

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar