
Com o olhar voltado para soluções inovadoras e sustentáveis, as irmãs Thainara e Thayse Vasconcelos, de Parauapebas (PA), criaram a startup DINAM – Diamante Negro da Amazônia. A iniciativa surgiu durante um programa de incentivo ao empreendedorismo sustentável, no fim da pandemia, e tem transformado a produção de pimenta-do-reino na região sudeste do Pará. “A gente foi estimulada a olhar para o nosso território, identificar os problemas e pensar em soluções sustentáveis, tanto no setor econômico, quanto social e ambiental”, explica Thainara, de 23 anos.
Após identificar gargalos na cadeia produtiva da especiaria, especialmente no uso tradicional de estacas de madeira - conhecido como "tutor morto", as irmãs passaram a promover o uso da Gliricídia, uma árvore que serve como “tutor vivo” para a planta. A substituição reduz custos e promove benefícios ambientais, como o sequestro de carbono. “Essa é uma tecnologia que a Embrapa vem pesquisando há mais de 30 anos. A ideia que a gente teve foi promover cada vez mais isso, para que novos produtores se interessem e que os que já produzem de forma tradicional passem a produzir de forma sustentável”, diz Thainara.

Sem produção própria, a DINAM atua na comercialização da pimenta produzida por agricultores parceiros e leva conhecimento técnico para o campo. “Nosso objetivo é desenvolver a cadeia produtiva, dar autonomia aos produtores e fomentar práticas sustentáveis”, afirma. Com o apoio da Fundação Vale, a startup já implantou o primeiro pimental sustentável em Carajás.
Agora, em 2025, o projeto evoluiu para um novo formato: o SAF com Pimenta – um sistema agroflorestal que alia o cultivo da pimenta-do-reino ao de outras culturas como cacau e açaí. “A gente entendeu que o monocultivo não era o mais adequado para a realidade da Amazônia. Nosso novo projeto vai recuperar áreas degradadas, fomentar biodiversidade e continuar promovendo uma produção sustentável”, conclui Thainara.
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