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CRONOLOGIA

Caso Karina: veja a linha do tempo sobre morte da biomédica

Investigação reúne depoimentos, reprodução simulada e laudos periciais; família contesta versão de suicídio apontada pela defesa do ex-namorado.

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Imagem ilustrativa da notícia Caso Karina: veja a linha do tempo sobre morte da biomédica camera Reprodução simulada, investigações, protestos e reviravoltas marcam o caso | Thiago Sarame/DOL

A Polícia Científica do Pará concluiu, por meio de laudo pericial, que a biomédica Karina Santos Pinto, de 25 anos, morreu por um disparo efetuado por ela mesma. O documento foi entregue à Polícia Civil no dia 26 de março de 2025 e serve como base para a próxima etapa da investigação, que permanece sob sigilo.

O caso segue em análise na Delegacia de Feminicídio (Dfem), vinculada à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam). O relatório final da delegada responsável ainda será encaminhado ao Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), que decidirá se acata ou não as conclusões da Polícia Civil.

Reprodução simulada buscou esclarecer dinâmica da morte

A reprodução simulada dos fatos ocorreu no dia 19 de fevereiro de 2025, no estacionamento do Estádio Mangueirão, em Belém. O local foi escolhido por oferecer segurança e condições técnicas semelhantes às do local original, que era um trecho da BR-316 entre Ananindeua e Belém.

Segundo a Polícia Científica, a simulação foi realizada em dois horários, às 17h e às 19h, para considerar as diferentes condições de iluminação no momento do ocorrido. Participaram do procedimento 12 policiais civis e quatro peritos criminais. O mesmo veículo em que Karina foi baleada foi utilizado, e câmeras e drones registraram toda a ação. Uma policial civil representou a vítima durante a encenação.

De acordo com a diretora do Instituto de Criminalística, perita Isabela Barreto, o objetivo da simulação foi analisar divergências nas versões apresentadas à polícia. A reconstituição foi conduzida pelo Núcleo de Crimes Contra a Vida da Polícia Científica do Pará.

Familiares e amigos da biomédica acompanharam a reprodução simulada portando faixas e cartazes com pedidos de justiça.

Família contesta versão de suicídio

Mesmo com o laudo técnico indicando suicídio, a família de Karina Santos discorda da conclusão. O advogado Marco Pina, que representa os familiares, afirmou que há indícios de agressões anteriores e que, no mínimo, a jovem teria sido vítima de violência física por parte do ex-namorado, o policial penal Davi Pessoa.

A defesa de Davi, representada pelo advogado Dorivaldo Belém, afirma que o laudo pericial confirma a versão apresentada desde o início, de que Karina teria disparado contra si mesma durante uma discussão no interior do carro. Segundo o advogado, o relacionamento entre os dois era marcado por conflitos, o que também foi admitido por Davi em depoimento.

Com a conclusão da perícia indicando suicídio, o policial penal, em tese, deixa de ser investigado por feminicídio. No entanto, ele pode responder por outros crimes previstos na Lei Maria da Penha, dependendo da análise do MPPA e das demais evidências reunidas.

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Caso Karina Santos: linha do tempo

  • 24 de agosto de 2024: Karina aceitou uma carona de Davi Pessoa, com quem teve um relacionamento de três anos encerrado no início daquele ano. Durante o trajeto pela BR-316, entre Ananindeua e Belém, ela foi baleada no tórax dentro do veículo. Davi levou Karina ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), onde ela faleceu pouco após dar entrada.​
  • 25 de agosto de 2024: A Polícia Militar deteve Davi no hospital, mas ele foi liberado na mesma noite. A família de Karina relatou que o ex-namorado não aceitava o fim do relacionamento e a perseguia.​
  • 27 de agosto de 2024: A imprensa local divulgou detalhes do caso, destacando que Karina foi baleada dentro do carro de Davi. A Polícia Civil informou que as investigações estavam em andamento.​
  • 19 de fevereiro de 2025: A Polícia Civil e a Polícia Científica do Pará realizaram uma reprodução simulada dos fatos no estacionamento do Estádio Mangueirão, em Belém, com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da morte de Karina .​
  • 20 de fevereiro de 2025: A delegada Gabriela Andrade, responsável pelo caso, afirmou que a investigação continuava em sigilo e que todas as ações realizadas visavam esclarecer a morte de Karina.​
  • 29 de abril de 2025: A Polícia Científica do Pará emitiu o laudo que descreve as circunstâncias da morte da biomédica Karina Santos Pinto, de 25 anos. O documento foi finalizado em 26 de março e divulgado publicamente na terça-feira, 29 de abril.

Próximos passos

O inquérito policial deve ser encerrado nas próximas semanas com a emissão do relatório final da delegada responsável. O documento será encaminhado à Justiça e posteriormente ao Ministério Público do Pará (MPPA), que decidirá se concorda com o laudo da Polícia Científica ou se solicitará novas investigações.

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