
Em tempo de pagamentos instantâneos pelo Pix que envolvem todas as transações bancárias e os mais variados valores, não é raro pessoas realizarem transferências erradas, principalmente de valores a maior. Por um erro de digitação, R$ 1,00 pode se transformar em R$ 100,00 num piscar de olhos. O que é raro mesmo são os beneficiários dos pagamentos equivocados devolverem os valores recebidos a mais. E quando isso acontece a comoção é geral.
Foi o que aconteceu na manhã da última quarta-feira com a empresária do ramo esportivo Renata Corrêa, 50. Moradora do bairro da Marambaia, ela estava na gleba 2 do conjunto da Cohab e solicitou um Uber pelo celular para a casa de uma amiga, que também mora no mesmo bairro. “Passava das 8h e ocorre que quando eu fui pagar, meu aplicativo não estava fazendo Pix naquele momento. Aí fui pagar com outra conta, que uso pouco. A corrida deu R$ 6,97 e, na pressa, acabei passando o valor errado de 697,00 e nem vi o erro”, conta.

Ao perceber o equívoco no pagamento, o motorista do Uber buzinou imediatamente para chamar a atenção de Renata, que não deu atenção. “Ele insistiu e continuou buzinando. Eu voltei no carro e ele me falou que eu tinha feito o pagamento de um valor a mais pela corrida. Tomei um baita susto, e ao mesmo tempo, fiquei surpresa por ele me chamar para devolver o dinheiro. Fiquei tão grata que pedi para ele tirar o valor da corrida, dei uma gorjeta para ele de R$ 40,00 e ele me devolveu 650,00”, relembra.
Ela diz ter se sentido muito agradecida pelo ato de honestidade. “Se eu o encontrasse de novo ia agradecer novamente, porque é muito raro isso acontecer. Depois que passou o choque ainda achei pouco a gorjeta que dei a ele. Deveria ter dado bem mais”, afirma Renata.

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O DIÁRIO conseguiu localizar o motorista de aplicativo Marco Antônio Figueiredo dos Santos, 53. Casado e com uma filha, trabalha no ramo a quase 8 anos. Ele conta que ao perceber que a cliente havia passado o valor errado no Pix pela corrida imediatamente a chamou para consertar o erro. “Geralmente não confirmo o valor na hora, mas como estava cedo chequei a transferência e vi que estava a mais e a chamei para devolver”, conta.
Marco Antônio parecia surpreso com a repercussão do seu ato. “Simplesmente devolver era a coisa certa a fazer. Não é a primeira vez que fiz isso. Já ocorreram várias outras vezes e sempre devolvi valores a mais pagos para mim. Honestidade é umas das lições que meu pai sempre me ensinou. Ser honesto não é uma boa ação. É o certo a ser feito”, finaliza.
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