Parauapebas registra dois terremotos em menos de 24h

Os moradores da região do município de Parauapebas, no sudeste do Pará, foram surpreendidos nas últimas 24h com um fenômeno não muito comum no Brasil e ficaram em estado de alerta.

A região foi palco de dois abalos sísmicos consecutivos de magnitude 4.2 mB nas últimas 24 horas, conforme registros da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). Os terremotos chamaram a atenção de moradores e reacenderam discussões sobre a atividade sísmica no território brasileiro.

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O primeiro tremor aconteceu às 21h03 desta quarta-feira (9), sendo claramente sentido por moradores do município. Menos de 12 horas depois, às 06h46 da manhã desta quinta-feira (10), um segundo abalo de mesma magnitude foi detectado pelas estações de monitoramento sísmico.

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Ambos os eventos foram registrados pelas estações da Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) e posteriormente analisados pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que confirmou as magnitudes e características dos tremores.

Panorama sísmico do Pará em 2025

O Pará já contabiliza cinco tremores de terra em 2025, com magnitudes variando entre 2.3 e 4.3 na escala sísmica.

Os dois eventos mais recentes em Parauapebas representam os mais significativos registrados no estado durante o ano, o que destaca a importância do monitoramento contínuo da atividade sísmica na região.

Um fenômeno não tão raro

Contrariando a percepção popular, tremores de menor magnitude são relativamente comuns no território brasileiro. Esses eventos sísmicos geralmente são causados por pequenas fraturas na crosta terrestre, resultado de pressões geológicas naturais que ocorrem constantemente no subsolo.

O Brasil, embora não esteja localizado em uma zona de alta atividade sísmica como o Anel de Fogo do Pacífico, ainda experimenta atividade tectônica moderada, especialmente em regiões como o Nordeste e partes da Amazônia.

O que é a Magnitude de Momento, escala usada atualmente?

A Magnitude de Momento considera o momento sísmico, levando em conta múltiplos fatores:

• Deslocamento da crosta terrestre: A extensão do movimento durante o terremoto;
• Dimensão da falha geológica: A área total onde ocorreu a ruptura;
• Força de atrito: A energia necessária para superar a resistência e gerar o deslocamento;
• Energia liberada: A quantidade de energia transformada em ondas sísmicas.

Esta metodologia é especialmente superior para terremotos de grande magnitude, onde a Escala Richter apresentava limitações de precisão.