
Viagens estudantis costumam ser marcadas por celebração, trocas de conhecimento e construção de memórias entre jovens engajados com o futuro do país. No entanto, o que deveria ser uma jornada de aprendizado e representatividade se transformou em dor para a população paraense e a comunidade acadêmica.
Na madrugada do dia 16 de julho, um grave acidente interrompeu de forma trágica os planos de um grupo de estudantes da Universidade Federal do Pará (UFPA), que seguia para o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia.
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O acidente ocorreu por volta das 4h53 da manhã, na BR-153, no município de Porangatu, norte de Goiás. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma carreta invadiu a pista contrária e colidiu com um comboio de veículos, sendo o impacto mais severo no micro-ônibus que liderava a fila e transportava estudantes da UFPA. Cinco pessoas perderam a vida na colisão: três estudantes — Leandro Souza Dias (Farmácia), Ana Letícia Araújo Cordeiro (Pedagogia) e Welfesom Campos Alves —, além de Ademilson Militão, motorista do micro-ônibus, e o condutor da carreta. Todos os estudantes tinham forte ligação com movimentos estudantis e a luta por educação pública.
Os corpos foram levados de volta a Belém e receberam homenagens em um velório coletivo realizado no campus da UFPA, no bairro do Guamá. O ambiente foi marcado por grande comoção entre familiares, amigos, colegas e integrantes da comunidade universitária.
Em solidariedade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma nota oficial lamentando a tragédia e expressando apoio às famílias das vítimas e à UFPA. O governador do Pará, Helder Barbalho, também manifestou solidariedade às famílias dos estudantes.
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Desde o acidente, a universidade tem se mobilizado para oferecer suporte aos sobreviventes e às famílias das vítimas, e garantir o retorno seguro dos estudantes que integravam a Caravana Institucional — composta por quatro ônibus.
Dois estudantes seguem hospitalizados em Goiás, mas apresentam melhora no quadro clínico, sendo que um deles já respira sem o auxílio de aparelhos. A Fadesp, fundação ligada à UFPA, também está prestando apoio integral aos familiares dos internados. A universidade informou que, por respeito à privacidade, não divulgará detalhes sobre o estado de saúde dos estudantes hospitalizados.
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