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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Pará já registrou cinco terremotos em 2025

O assunto volto às discussões após um terremoto de grande magnitude ser registrado no extremo leste da Rússia.

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Imagem ilustrativa da notícia Pará já registrou cinco terremotos em 2025 camera O grave terremoto que atingiu a Rússia e afetou países banhados pelo oceano pacífico levantou as discussões sobre abalos sísmicos no Pará. | Reprodução

O recente terremoto de grande magnitude registrado na Rússia reacendeu o alerta sobre os abalos sísmicos registrados no Brasil, inclusive no Pará, onde tremores de terra, embora de menor intensidade, têm sido cada vez mais monitorados por especialistas.

Apesar do país estar fora da zona de maior atividade tectônica do planeta, o solo paraense já registrou movimentações significativas, principalmente na região de Parauapebas, Novo Repartimento e Tucuruí, levantando questionamentos sobre as causas desse fenômeno.

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De acordo com o professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Lourenildo Leite, docente da Faculdade de Geofísica e do Programa de Pós-Graduação em Geofísica, os terremotos são explosões de rochas ocasionadas pelo acúmulo de tensão das forças tectônicas, fenômenos geológicos que movimentam a parte mais superior da terra, a chamada “litosfera”.

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“Depois de uma carga de tensão tectônica, acumulando a tensão elástica, ela chega ao ponto limite e começa o fraturamento. Agora vai depender da quantidade de energia que está para ser liberada no fraturamento. A força tectônica é uma força gerada internamente, cuja fonte sai de dentro para fora da terra. Elas carregam toda uma mecânica em relação a propagação do calor que faz movimentar a listofera”, explica o mestre e doutor em Geofísica pela Universidade Saint Louis, Missouri (EUA).

Segundo o pesquisador, em função da quantidade de energia a ser liberada, os terremotos podem ser considerados muito pequenos, pequenos, intermediários, grandes e super grandes, sendo o último caso o que ocorreu na quarta (30) na península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia.

Em um grande abismo tectônico, este terremoto não só movimentou o solo, mas provocou um tsunami. A ocorrência também foi possível pela localização próxima à cadeia circumpacífica, também chamado de Círculo de Fogo do Pacífico, situado desde a Cordilheira dos Andes até a Nova Zelândia, como um grande anel formado por várias fossas geológicas no fundo do oceano com grande atividade sísmica, responsável por 75% dos terremotos da Terra.

Estado

No município de Parauapebas, sudoeste do Pará, os tremores de terra ocorreram duas vezes somente no mês de julho deste ano. O primeiro deles foi na noite de 9 de julho, seguido do segundo na manhã de quarta-feira, 10.

Com essas duas ocorrências, o Pará registra cinco abalos sísmicos apenas em 2025. O maior da história dos registros sísmicos brasileiros também ocorreu em Parauapebas, em abril deste ano, de magnitude 4.3 na Escala Richter (que vai até 10 pontos).

Os eventos foram analisados pelo Observatório Nacional e pelo Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP).

Conforme o professor doutor Lourenildo Leite, para o estado do Pará, o fenômeno do terremoto é “exatamente a mesma coisa, mas a dimensão, a magnitude é totalmente diferente. A diferença é que no Brasil e na região do Pará temos terremotos pequenos, de micro a muito pequenos. O acúmulo de tensão da explosão das rochas é muito pequeno e não ocasionam estragos ou problemas para as pessoas da mesma forma do que em outras localidades”.

No geral, ainda segundo o docente, não é esperado que tenha um terremoto no Brasil.

Isso porque “todo o continente brasileiro está entre a Zona de Atracção do Atlântico e a Zona de Subducção da América do Sul. É uma parte intermediária, estável, onde os terremotos são pequenos. Só tem terremotos grandes nas Zonas de Subducção e o Brasil está entre duas placas. O Pará está longe tanto da área de Subducção como de Atracção, mas faz parte das tensões tectônicas, e tem falhas, que são fraturas geológicas, onde as placas se movem, se mexem”, explica Lourenildo.

Por isso, o Brasil não tem força tectônica para desenvolver tsunamis. Dessa forma, para chegar ao país, o tsunami de Kamchatka, na Rússia, ou qualquer outro tem que ser muito grande.

No geral, esse tipo de fenômeno é apenas registrado por órgãos especializados e em região portuária, não tendo nenhuma consequência significativa à população.

Em último caso, os tsunamis que podem afetar o Brasil seriam causados por terremotos que ocorrem na cadeia mesoatlântica, situada no Oceano Atlântico entre o Brasil e o continente africano. Porém, nunca foi registrado nenhum tipo de ocorrência deste tipo, pontua o professor da UFPA.

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