
Com o objetivo de ajudar famílias a reencontrar entes queridos e ampliar o Banco Nacional de Perfis Genéticos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) deu início nesta terça-feira (05), em Brasília, à edição 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A mobilização vai até o dia 15 de agosto e conta com a adesão de todos os estados, incluindo o Pará, onde a ação é coordenada pela Polícia Civil (PCPA) e pela Polícia Científica do Estado (PCEPA).
A iniciativa busca reforçar o banco de dados genéticos com amostras de parentes consanguíneos de desaparecidos (pais, mães, irmãos e filhos biológicos). O cruzamento desses perfis com dados armazenados em bancos locais e no sistema nacional pode levar à identificação de pessoas vivas ou mortas que permanecem sem identificação formal.
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Como funciona a campanha no Pará
No Pará, a campanha é realizada de forma integrada entre a Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD) e o Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica. O primeiro passo é o registro de um boletim de ocorrência em qualquer unidade da Polícia Civil.
“A Polícia Civil, junto com a Polícia Científica e outros órgãos de segurança, está unida nesse esforço nacional. Nosso papel é registrar as ocorrências e encaminhar os familiares que se disponibilizam a doar o material biológico até a Polícia Científica”, explicou o delegado Maurício Andrade Teixeira, titular da DPD. Ele destaca ainda que, no caso de crianças ou adolescentes desaparecidos, o registro deve ser feito na Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca).
As coletas são feitas na sede da Polícia Científica do Pará, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. A pessoa interessada é encaminhada ao local com base no boletim de ocorrência registrado.
Tipos de coleta e uso dos dados
De acordo com a perita criminal Elzemar Rodrigues, coordenadora do Laboratório de Genética Forense da PCEPA, o material biológico pode ser coletado por meio de células da mucosa oral (swab) ou por amostras de sangue. O perfil genético é processado e inserido no banco de dados estadual. Se não houver compatibilidade, os dados seguem para o Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Segundo Elzemar, as coletas podem ainda ser comparadas com bases internacionais, caso haja suspeita de que o desaparecido tenha saído do país. Além disso, ela reforça que, apesar do foco nacional ocorrer neste período, a coleta de material genético é realizada de forma permanente ao longo do ano.
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Resultados e impacto social
Esta é a terceira edição da campanha. Em 2024, a iniciativa coletou 1.645 amostras e possibilitou a identificação de 35 pessoas desaparecidas. Os casos resolvidos envolveram cruzamentos dentro dos próprios estados e também entre diferentes unidades da Federação.
Para reforçar o impacto por trás das estatísticas, o MJSP lançou o caderno digital Transformando Números em Histórias, com relatos de nove pessoas localizadas graças ao banco genético. A publicação busca sensibilizar a sociedade sobre a importância da doação de DNA para identificação de desaparecidos e para a construção de políticas públicas eficazes.
Serviço
Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas – Edição 2025
- Período: 05 a 15 de agosto de 2025
- Local de coleta no Pará: Polícia Científica do Pará
- Horário: Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h
- Requisito: Registro de boletim de ocorrência em qualquer unidade da Polícia Civil
Mais informações e locais de coleta no país: https://www.gov.br/mj
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