
Neste domingo (10), o Dia dos Pais foi marcado por muitas homenagens e emoções nos cemitérios de Belém. No Cemitério Santa Izabel, no Guamá, vendedores e familiares dividiram espaço. Enquanto as famílias acendiam velas e decoravam os túmulos os vendedores ofereciam flores, velas e coroas para quem queria fazer uma homenagem especial. De acordo com a Prefeitura de Belém, o Cemitério Santa Izabel, o maior da cidade, recebeu cerca de 30 mil visitantes neste fim de semana.
A aposentada Raimunda Nonata, 66 anos, foi prestar sua homenagem ao pai e ao sogro. “Sempre que posso, venho aqui, porque aqui estão enterrados meu pai e meu sogro. Recentemente, meu sogro morreu, faz dois meses. Meu pai faleceu há sete anos. Ele era uma pessoa muito especial para mim, o amor da minha vida”, conta Raimunda.
A dona de casa Sandra Matos, 60, explicou que quis fazer uma homenagem especial para os pais. “Meus pais eram pessoas maravilhosas, e eu tenho muito amor e carinho por eles. Meu pai já faleceu há 18 anos, e minha mãe há 4 anos, vítima da COVID. Sempre tento prestar uma homenagem a eles, pois eles merecem ser lembrados”, diz Sandra.
No cemitério São Jorge, na Marambaia, o movimento de visitantes também foi intenso na manhã de ontem. O dia foi cheio de emoções e boas lembranças para Edicleuma Maciel, 50, que veio homenagear seu pai, que faleceu há mais de 20 anos. “Eu sempre venho aqui, minha mãe também, independentemente do dia. Meu pai era muito remista, por isso o túmulo dele tem essa homenagem. Ele era uma pessoa maravilhosa, tenho muito orgulho de falar dele. Senti demais a partida dele, por isso sempre estou aqui. O que fica são as boas recordações que tenho com ele”.

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SÁBADO
No cemitério Santa Izabel o maior da cidade, algumas famílias aproveitaram o sábado para prestar a homenagem com tranquilidade. Os irmãos Henrique, Geraldo e Arthur Araújo costumam ir juntos ao jazigo da família, onde estão sepultados o avô, mãe, pai e irmão mais novo. Na véspera do dia dos pais, o clima de leveza e serenidade entre os três transforma a ausência física do patriarca em sinônimo de esperança. “As memórias são só alegria. Até das surras que a gente pegou lembramos com alegria, afinal, a gente mereceu, né?”, brincou Henrique. Apontando para o nome do avô gravado na sepultura, ele continuou falando em tom de riso: “Se não fosse aquele ali, o Euclides, não tinha nenhum aqui”.
Em outra alameda do Santa Izabel, Nazaré Machado fazia orações ao lado da filha, Cláudia Tavares. Elas visitaram a sepultura onde o marido de Cláudia, Fernando, falecido há seis anos, foi enterrado. No local, outros homens da família também repousam. “Outros estão sepultados em outros cemitérios, mas aqui rezamos um Terço em intenção a todos os pais da família que já partiram”, disse dona Nazaré. “Ontem, falando de pai para o meu neto na festa da escola, eu disse ‘que bom, meu filho, que tu tens dia dos pais, pois eu não tive essa oportunidade”, contou, emocionada.
Para mãe e filha, o ato de visitar o cemitério é uma forma de preservar a memória e o legado daqueles que já partiram. “É muito importante a gente não esquecer daquelas pessoas que passaram pelas nossas vidas e fizeram a diferença, né?”, disse a senhora. Segundo ela, o ato de entregar flores, acender velas e fazer orações também significa um ato de caridade para com as almas que encontraram a luz eterna.
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