
O Brasil se prepara para sediar, em 2025, um dos eventos mais importantes da agenda climática: a 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 30. O palco escolhido para receber líderes mundiais será Belém, capital do Pará — uma cidade que não apenas representa a porta de entrada da Amazônia, mas também é berço de uma das culturas mais ricas e autênticas do país.
É dentro desse contexto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, na terça-feira (26), aproveitou o momento para exaltar um dos maiores orgulhos da região norte: a culinária paraense.
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"Fiz uma carta a todos os países ligados à ONU para comparecer no Brasil. Todos serão tratados com muito respeito. A culinária na Amazônia, no estado do Pará, é a melhor do mundo; não tem lugar para se comer melhor do que na Amazônia. Você vai comer o melhor peixe do mundo, a melhor moqueca do mundo. O Pará, possivelmente, seja a culinária mais rica do Brasil. A mega diversidade de pratos no Pará, além de que você pode tomar, sair à vontade e ficar bem forte, bem saudável, dá-lhe", declarou o presidente.
A fala descontraída, que arrancou sorrisos na plenária, tem fundo de verdade: a cozinha paraense é reconhecida nacional e internacionalmente por sua originalidade e biodiversidade. Ingredientes como tucupi, jambu, açaí, pirarucu e maniçoba são apenas alguns exemplos de uma tradição culinária profundamente ligada à floresta, aos povos originários e à cultura ribeirinha.
COP 30: da Amazônia para o mundo
A realização da COP 30 em Belém é um marco simbólico e estratégico. Pela primeira vez, o encontro será sediado na Amazônia, reforçando o protagonismo do Brasil na defesa dos biomas tropicais e dos direitos das populações tradicionais. O evento, que reunirá líderes de mais de 190 países, deve movimentar não apenas a pauta ambiental, mas também a economia local e a projeção cultural da região.
A expectativa é de que o Pará aproveite o momento para mostrar ao mundo sua diversidade não só natural, mas também gastronômica, artística, religiosa e social — numa oportunidade única de reposicionar a Amazônia longe da imagem estigmatizada da destruição e mais próxima da potência cultural que ela representa.
Em 2023, Belém já havia sido reconhecida como Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco, um título que reafirma o que os paraenses já sabiam: comer no Pará é uma experiência única, que mistura ancestralidade, biodiversidade e identidade.
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Convite à mesa da floresta
A fala de Lula serviu não apenas como um convite diplomático, mas como um cartão de visitas para o que está por vir. A COP 30 será, sem dúvida, um evento decisivo para o futuro ambiental do planeta — mas também será uma chance rara para que o mundo prove o sabor da floresta, escute a voz dos povos da Amazônia e compreenda, em toda sua complexidade, a riqueza que o Pará tem a oferecer.
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