A segurança no trânsito em Ananindeua está comprometida. Após anos sem repasses regulares por parte da Prefeitura Municipal, a Atlanta Tecnologia da Informação (empresa responsável pela operação e manutenção de todo o sistema de fiscalização eletrônica da cidade) decidiu pela retirada total dos equipamentos.
O contrato firmado em 2022, que previa a instalação e suporte técnico de 22 radares de velocidade e 5 câmeras de videomonitoramento, além de sistemas informatizados para a SEMUTRAN, agora coleciona um passivo alarmante. Documentos internos revelam que a dívida acumulada pela Prefeitura atingiu a marca de R$ 8.571.499,10, com pagamentos cruciais não efetuados desde os meses finais de 2023.
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A empresa, que já havia alertado sobre o "desinteresse" da administração municipal, notificou oficialmente o início da retirada dos equipamentos a partir de 19 de setembro de 2025, visando concluir o processo até o final do mês. O prejuízo financeiro e operacional é classificado como absoluto pela Atlanta.
Enquanto a Prefeitura de Ananindeua permanece em silêncio sobre a crise de pagamentos, o resultado imediato é visível nas ruas: a ausência de repasses obrigou a prestadora a desligar gradualmente os aparelhos que garantiam a fiscalização de excesso de velocidade, avanço de sinal e outras infrações, essenciais para a segurança de pedestres e motoristas.
A falta de pagamento, que já gerou glosas de 25,02% em medições recentes (como na fatura de Março/Abril de 2025), levou a empresa a anunciar que não haverá mais "tratativas amigáveis". A cobrança dos valores devidos, que inclui faturas pendentes de 2022, 2023, 2024 e os valores não empenhados de 2025, será levada à esfera judicial.
Com a paralisação do monitoramento eletrônico, as autoridades temem um retorno imediato da imprudência, anulando os ganhos de segurança conquistados com o investimento inicial. A população de Ananindeua fica, agora, à mercê da velocidade e do desrespeito no asfalto, enquanto os débitos se arrastam.
VÍDEO DE DESPEITOS NO TRÂNSITO EM ANANINDEUA
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