Para contratar Adriano, da Roma, o Corinthians está usando da estratégia utilizada pelo Flamengo que, em 2009, tirou o atacante da Inter de Milão sem precisar pagar pela negociação. Com ajuda de Ronaldo, o clube de Parque São Jorge conversou diretamente com o jogador, passando por cima até do seu empresário, Gilmar Rinaldi, e, claro, também do time italiano, que até agora afirma que não recebeu proposta oficial.
E provavelmente não haverá proposta. Pelo menos no que depender de Corinthians - também existe o interesse do Palmeiras por Adriano. O presidente Andrés Sanchez e Ronaldo, que participa da negociação, fecharam com Adriano salários e tempo de contrato. O Imperador, convencido pelo amigo Fenômeno, disse “sim”.
Mas como contratá-lo se ele ainda tem contrato com a Roma até 2013 e o clube italiano já disse que não faz caridade? Adriano vai tentar na base da conversa mais uma vez uma liberação, pelo menos por seis meses.
Antes de fechar com o Flamengo, em 2009, o atacante abriu mão de dinheiro, e acertou sua rescisão de contrato com a Inter de Milão, ficando livre para fechar com qualquer equipe. Ele assinou com o Flamengo, foi bem e conseguiu um bom contrato com a Roma - recebe nada menos que 3 milhões de euros (R$ 6,7 milhões) por temporada.
Adriano tentará que a Roma o libere sem custo por um ano - ou pelo menos por seis meses para a disputa da Libertadores. O Corinthians já disse a Adriano que não tem como arcar com uma rescisão, se a Roma assim exigir. O que o clube oferece ao Imperador é salário de R$ 400 mil, o que daria quase R$ 5 milhões por ano - valor não tão abaixo do que ele recebe na Roma
Esse impasse deve se estender até o dia 20, data da última rodada do Campeonato Italiano antes do Natal. Até lá, todos os dias, provavelmente haverá expectativa de Adriano “será anunciado hoje” pelo Corinthians.
No último domingo, durante o jogo contra o Goiás, a diretoria já analisava os prós e contras da vinda do Imperador. Criará problemas? Sim, mas algo administrável, segundo dirigentes, porque ele “estará longe” do Rio.
Em compensação, a diretoria tem a certeza de que, do ponto de vista de marketing, será um sucesso. Adriano, assim como Ronaldo, venderia camisas que nem água, traria ainda mais gente ao estádio, os ingressos poderiam ser ainda mais caros, e a exposição do Corinthians na mídia aumentaria mais. (Agência Estado)
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