Dez anos na Amazônia e um ano e meio em Cachoeira do Arari foi tempo suficiente para a construção de amizades que o lutier Hugo Odílio Martines, 71 anos, natural do Uruguai, conquistou. Alguns desses amigos participaram, na manhã de ontem, da cerimônia de despedida do artista, no cemitério Recanto da Saudade, em Ananindeua. Hugo foi assassinado a facadas na madrugada de sábado em Cachoeira do Arari, no Marajó. O crime chocou a cidade.
“Ele era um pesquisador e o objetivo dele era ir em busca de materiais para extrair o melhor som. Ultimamente, estava fazendo experimentos de instrumentos à base de osso de búfalo”, explicou o amigo Adriano Silva, psicólogo. A viúva, Maria Luiza Guedes Matos, 61 anos, não quis falar com a reportagem.
Martines era bastante conhecido por desenvolver trabalhos com o Museu do Marajó, voltado às crianças e jovens. Era especialista na confecção de violinos e ensinava moradores da comunidade a fabricar e tocar o instrumento.
Os acusados pelo crime foram presos ainda no sábado, pela manhã, quando tentavam fugir de canoa para Ponta de Pedras. Dois deles são adolescentes de 16 anos. O terceiro é Jenice Cardoso Setubal, 23 anos O trio confessou o crime e disse ter invadido a casa em busca de uma pensão em dinheiro que os anciãos teriam recebido, mas não encontraram nada. A faca usada no crime foi encontrada enfiada num esteio na casa de Jenice. (Diário do Pará, com informações de Bruna Lima e Dario Pedrosa)
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