O cheiro exala quando o feirante Edilson Damasceno, 42, mói as sementes de pimenta- do- reino e as mistura com cominho. Há dois anos a cena se repete na Feira da 25 de Setembro, em Belém. Os clientes, segundo ele, procuram muito o tempero. A importância da semente para a história e economia paraenses foi publicada na edição de ontem do DIÁRIO, na série “Orgulho de ser do Pará”.
A reportagem, nas palavras do feirante, ajuda a aumentar as vendas. “Quanto mais divulgar, mais a gente vende, mais os clientes conhecem e compram”, acredita Edilson. “O mesmo aconteceu com a copaíba, andiroba, mel de abelha e óleo de coco”, compara.
“É só o cominho, só a pimenta ou a pimenta com cominho?”. Esta é uma das frases mais ditas por ele ao longo do dia. Seguida da recomendação: “Tem que colocar só um pouquinho, é forte”. O preço do saquinho do condimento varia entre R$1 e R$2 e é um dos mais procurados na barraca de temperos.
Para o feirante, não foi novidade ver estampada nas páginas do DIÁRIO uma menção ao município de Tomé-Açu, considerado um dos maiores produtores de pimenta- do- reino do Estado e do país. “Meus parentes são de lá, tem muita plantação no KM 48”, diz, sem conseguir lembrar ao certo o nome da rodovia. “Eu saí de lá muito menino”, justifica.
A pimenta- do- reino, que nas décadas de 50 e 60 também foi denominada “Diamante Negro da Amazônia”, é uma especiaria trazida da Índia e que até os dias atuais é responsável por 90% da exportação brasileira, estando sempre entre as três principais exportações do ranking mundial, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Os municípios de Tomé- Açu, Paragominas, Ipixuna, Santa Isabel, Santo Antônio do Tauá e Santa Maria são os que registram as maiores produções de pimenta- do- reino do Estado e do Brasil.
(Diário do Pará)
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