Os moradores do condomínio Reserva Ibiapaba, na avenida Rodolfo Chermont, bairro da Marambaia, estavam revoltados na manhã de ontem com a situação do prédio após as chuvas dos últimos dias. Considerado pela construtora como um empreendimento entregue, os moradores dizem que o local ainda é um canteiro de obras - e com muitas falhas.
Com a chuva desta quarta-feira, as várias tubulações onde passam a fiação elétrica acabaram cheias de água. “Além disso, uma das torres está sem elevador, e quando você sai pela escada, dá ‘de cara’ com isso”, reclama a moradora Marceli Di Paula, mostrando a rampa que dá acesso à escada, coberta de água. Ao todo o condomínio é formado por três torres, de quinze andares cada uma.
Em partes onde a planta de construção indica áreas verdes no primeiro andar, mostrou a moradora Patrícia Jassé, os canteiros ficaram acumulando água. “Tem larva se criando aqui. O seixo que era para ser jogado nesse espaço está lá fora pegando chuva e aqui fica essa água cheia de mosquito”.
Ela diz ainda que essa mesma água suja passa por infiltrações e vai parar dentro da tubulação usada no sistema de pressurização em caso de incêndio. Logo na entrada da garagem é visível uma cachoeira caindo dessa tubulação. “Esse devia ser um tubo bem isolado. Se acontece um incêndio, eu duvido que ele vá funcionar direito”, afirma Ariel.
E quando Marceli, que mora no 15º andar, liga o chuveiro, a água vai do ralo para o teto de gesso do apartamento de Patrícia, no 14º andar. “Ela tem que tomar banho com a água do chuveiro dela e a suja, que vem do meu apartamento e fica vazando pela luminária do banheiro dela”, contou Marceli.
Segundo os moradores, a cada reclamação de que o prédio não tem condições de moradia, a construtora Gafisa, responsável pelo empreendimento, envia cartas afirmando que tudo está em perfeitas condições. “Esse é um dos grandes problemas, eles dão a obra como entregue e não resolvem nada do que reclamamos”.
Apesar de todos os problemas com a obra, a construtora já possui o auto de vistoria emitido pelos Bombeiros (o Habite-se) e o da prefeitura, que alegam perfeitas condições às três torres.
O DIÁRIO não conseguiu entrar em contato com os telefones do escritório da Gafisa em Belém, nem com o engenheiro que, segundo os moradores, seria um dos responsáveis por acompanhar o restante das obras, para esclarecer sobre a situação do condomínio.
(Diário do Pará)
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