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PM do Pará é a segunda mais corrupta, diz pesquisa

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Vitimização 2012, encomendada pelo Ministério da Justiça e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Pará aparece em segundo lugar no ranking dos Estados em que a população afirma já ter sido vítima de

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Segundo dados da Pesquisa Nacional de Vitimização 2012, encomendada pelo Ministério da Justiça e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o Pará aparece em segundo lugar no ranking dos Estados em que a população afirma já ter sido vítima de extorsão praticada por Policiais Militares.

Das 2.516 pessoas ouvidas no Estado, 133 (5,3%) contaram que já foram surpreendidas por policiais corruptos. No Amapá, considerando a proporção do público ouvido, 5,3% dos entrevistados também disseram que já precisaram abrir a mão para PMs. Segundo o estudo, o Rio de Janeiro lidera o ranking, com 7,2% dos entrevistados assumindo que já foram abordados por policias fora-da-lei.

Segundo a assessoria de comunicação do Ministério da Justiça, os dados se referem a uma pesquisa mais ampla, que deverá ser divulgada em cerca de dois meses. O DIÁRIO teve acesso à prévia do estudo. No Brasil, 78 mil pessoas participaram da pesquisa. Dessas, 2.047 (2,6%) contaram que já foram vítimas de extorsão. O Pará responde por 60% dos 220 casos identificados na região Norte. Em âmbito nacional, a pesquisa revela ainda que 61,3% dos entrevistados acreditam que os PMs fazem “vista grossa” à desonestidade dos colegas.

SEM FÉ NA POLÍCIA

Rubis Mendonça, 36 anos, funcionário público, mora em Rurópolis e já foi vítima da própria polícia. “Comprei um carro e apreenderam falando que ele tava irregular. Não liberaram de jeito nenhum. Fui atrás do antigo dono, peguei o dinheiro de volta e depois ainda liberaram o carro para o cara. Com certeza, ele vendeu de novo”, conta. Depois do episódio, Rubis assume que perdeu a fé nas forças de repressão. “Às vezes, o perigo tá na própria polícia”, fala. Já o aposentado João Olindo, 80 anos, tem uma opinião diferente. “Eles tão trabalhando todo dia pra garantir nossa segurança. Tem que ser mais valorizados”, diz.

Marco Apolo Santana Leão, advogado e presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), espera que o resultado final da pesquisa venha acompanhado de alternativas para diminuir as estatísticas. “Políticas como a valorização do trabalho, o resgate da autoestima do pessoal, são medidas que contribuem para que os agentes não pensem em se corromper. Nós sabemos que não justifica, mas a situação econômica influencia nessa prática da extorsão”, comenta.

PM NÃO RESPONDE

A assessoria de imprensa da Polícia Militar do Estado afirma que 100% dos casos levados à Corregedoria Geral da PM são investigados. A assessoria, no entanto, explicou que a PM não se pronunciará até ter acesso à pesquisa na íntegra, por fonte oficial, para avaliar os critérios e parâmetros utilizados no estudo.

Quem quiser denunciar policiais que estejam infringindo a Lei deve ir à sede da Corregedoria-Geral da PM, localizada na Avenida Magalhães Barata, número 209, Bloco A, entre 14 de Março e Alcindo Cacela, no antigo prédio da Celpa.

(Diário do Pará)

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