Maternidade em qualquer idade

A maternidade, quando chega, muda a vida da mãe, em qualquer idade. A empresária Chelita Halliday teve o primeiro filho aos 17 anos e o último aos 48. São cinco. Hoje Chelita tem 55 anos e mora com Lanna Victória, a filha mais nova, de 7 anos. Mas a família começou com Richarles, 38 anos; depois veio Anderson, 30 anos; Richele, de 29, e Dani, de 20. A família grande já deu seis netos e muita alegria a Chelita.

“Eu nasci para ser mãe. Isso não tem idade”. A família grande é um sonho antigo, uma inspiração que veio da mãe. “Minha mãe teve seis filhos e eu sempre quis ter também. Quase consegui, tenho cinco. A Dani é uma sobrinha que adotei com dois meses e devolvi para a mãe com 12 anos, nos Estados Unidos. Também fiquei grávida de gêmeos, mas perdi. Depois de criar os quatro, resolvi, aos 43 anos, ser mãe novamente”, relata.

Reunir a família é certeza de muitas histórias e risadas. Lembranças das viagens e os costumes de tempos atrás. “Quando vivi em São Paulo, na infância, ia sempre a um restaurante chamado ‘O gato que ri’. O lugar me marcou tanto que fiz questão de levar todos os meus filhos lá”, comenta.

Lanna, a caçula, não se contém e ri das graças dos irmãos. Criar um filho hoje, para ela, é diferente de como isso era anos atrás, quando Chelita teve o primeiro. “Hoje é mais difícil criar. Eu era mais severa com os primeiros, agora sou mais tranquila”, compara.

É fácil notar o carinho e a preocupação que ela tem com cada um. “Toma pelo menos um suco”, “ajuda sua irmã”, “para onde você vai?”, frases que muitas mães identificarão como comuns na relação maternal.

Perguntas e recomendações que a jovem universitária Juana Borges, 21 anos, ainda não faz, já que Juliana, a primeira filha, completou um mês neste sábado (11).

Pensar nessa fase ainda é difícil para Juana. “Ainda é tudo muito novo, confesso que é difícil pensar em como vou aconselhá-la. Tenho vivido tudo muito intensamente, algumas coisas eu imaginava, mas, quando a gente vive, vê que é muito diferente”, diz.

Juliana chegou de surpresa, mas o susto do início virou um grande preparação. “Eu não imaginava que ia ficar grávida, foi uma surpresa, mesmo. No começo, foi aquele pânico, mas, depois que eu senti ela chutando, o coração batendo, é tão maravilhoso, inacreditável”, afirma.

(Diário do Pará)