O governo do Estado sancionou a lei que declara o ritmo tecnomelody - que mistura batidas eletrônicas e brega -, como patrimônio cultural e artístico do Pará. A Lei nº 7.708/13, publicada ontem, no Diário Oficial do Estado, não inclui as aparelhagens como patrimônio. Este gênero musical já é apreciado em todo o Brasil e já contagiou outros países.
Da criatividade e inspiração do compositor para a voz do artista. Do programa de computador para as aparelhagens. Das aparelhagens para as rádios. “Essa é a tão sonhada valorização da nossa música”, exaltou o Dj Dinho, da aparelhagem Tupinambá.
Para ele, a sanção da lei ocorreu em um momento importante, no qual a cultura e a música paraenses estão em destaque. “Temos aí o exemplo da Gaby Amarantos que conquistou o Brasil e esta semana se apresentou no Festival de Cannes, na França. Tem também a Gang do Eletro que se apresentou nos Estados Unidos e outros países. Estes artistas carregam a bandeira do Pará e levam o nosso ritmo (tecnobrega) para o mundo”, comentou.
Mesmo com todas as características que lhe tornam um ritmo peculiar, o tecnomelody demorou para ser tombado como patrimônio cultural e artístico. O impasse acerca do projeto aconteceu por uma discordância na qual alguns não aceitam as aparelhagens como um elemento de significação cultural e artística.
O Dj Dinho ressalta que a história do tecnomelody também está ligada as aparelhagens. Neste sentido, existe uma determinada dependência entre as aparelhagens e o tecnomelody. “Quando os artistas fazem a música, eles levam primeiro para as aparelhagens e quando ela estoura é que começa a tocar nas rádios. As aparelhagens é que dão apoio para os artistas”, comenta Dinho. Por isso, ele acredita que a sanção da lei deve abrir novo espaço de debate a respeito do tombamento também das aparelhagens.
(Diário do Pará)
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