As mulheres vivem mais. A afirmação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e vale para o Brasil todo. Especialmente no Pará, em um intervalo de 20 anos, a expectativa de vida das mulheres cresceu quase 11 anos. Elas pularam de 64,1, em 1980, para 75,1 anos de vida, em 2010. Basta observar e é possível notar que as mulheres se cuidam muito mais do que os homes. Em 2010, eles viviam em média até os 67,7 anos.
Para viver mais e melhor as mulheres passaram a se cuidar mais. São elas que estão nas filas dos hospitais marcando consultas, elas que estão correndo nas praças, malhando nas academias e são delas os pratos mais saudáveis nos restaurantes. Não é uma regra, mas acontece muito é só observar.
Neusa Simões, aposentada, tem 53 anos e caminha na Praça Batista Campos rotineiramente. Caminha rápido, não para e não perde o ritmo nem para dar entrevista. “Sem dúvida a mulher se cuida mais e os avanços da medicina ajudam nisso. Eu nem me cuido tanto, só passo uns cremes, mas caminho há muitos anos e acredito que minha resistência é boa por isso”, comenta.
A nutricionista Orovida Serruya, 58, também cuida da saúde para prolongar a vida. “Duas ou três vezes por semana eu caminho por uma hora e faço dieta. Tomo muito líquido, me alimento mais de pescado, frutas, verduras. Se eu não vivesse assim, tenho certeza que a minha qualidade de vida seria bem menor”, relata.
Mas a vida saudável é um hábito que começa cedo para a pediatra Marcia Salame, 56 anos, que leva a neta Ana Tereza de dois meses para dar uma volta na praça todas as tardes. “De manhã eu caminho e de tarde eu trago ela, que só mama também porque é mais saudável. Eu também tenho uma dieta balanceada e ainda faço meditação. Acho que isso ajuda. As mulheres estão se cuidando mesmo e elas, ao contrário dos homens, sabem lidar com o estresse”, diz.
INFORMAÇÃO E CUIDADOS
Segundo a especialista em ginecologia e sexologia, Elizabeth Cristina Mendes, toda essa melhora na qualidade e expectativa de vida feminina se deve ao excesso de informações que chegam a elas. “Hoje 60% das mulheres brasileiras praticam atividades físicas. Elas estão mais cuidadosas desde cedo, cultuam o corpo também. Desde os 40 anos começam a fazer os exames de rotina e preventivos, tem alimentação sem excessos, diminuíram as fumantes e as que consumem bebidas alcoólicas. Elas sabem driblar o estresse. Isso tudo diminui o processo de envelhecimento celular, que pode evitar os tumores”, argumenta.
Com essa rotina de vida preventiva, as chances das mulheres continuarem vivendo mais só aumenta. “A tendência é aumentar essa expectativa de vida. As vacinas são mais respeitadas, as gestações mais saudáveis, as crianças também começam nesse ritmo. A tendência é uma população longeva”, acredita a especialista.
(Diário do Pará)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar