Com a chegada do quinto dia do bloqueio do Porto da Foz do Rio de Camará, em Salvaterra, no arquipélago do Marajó, a Agência de Regulação e Controle de Serviço Público (Arcon-PA), o Ministério Público do Estado, operadores do sistema e usuários se reúnem nessa quarta-feira, 25, às 10h, naquela que se mostra a primeira tentativa das instituições em dar solução para o problema do Porto do Camará. O dialogo se estabelece após cinco dias desde o início dos protestos contra o aumento de 18% nas tarifas para os veículos que fazem a travessia Icoaraci-Camará. A interrupção tem impedido a chegada e saída de balsas naquela região, o que já compromete o abastecimento das cidades de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari de produtos da cesta básica, gás de cozinha e diesel. “Estamos responsabilizando a empresa pela intransigência em não aceitar a nossa proposta de reduzir o preço da passagem por pelo menos dez dias, até o tempo de sentarmos e conseguirmos negociar esse aumento sem ônus para nenhuma das partes”, disse Dário Pedrosa, radialista e coordenador do Movimento Acorda Marajó. O radialista confirmou a participação do Movimento Acorda Marajó, à frente do protesto e da interdição do Porto Camará, na reunião de ontem. O movimento contará com o apoio do promotor de justiça Nelson Medrado, que irá representar as propostas do grupo. “Eles retiraram as balsas que fariam o nosso abastecimento com o aval da Arcon e, portanto, do governo do Estado. Vemos a atitude da empresa Henvil como uma retaliação ao nosso protesto”, ressaltou. De acordo com o movimento, a interdição será mantida até que a empresa responsável pela operacionalização das balsas que fazem a travessia – a Henvil Transporte – reduza a tarifa pelo período mínimo de dez dias. “Estamos reféns dessa situação que configura um monopólio. Uma única empresa opera no Porto do Camará. Dependemos diretamente da balsa. Nosso custo de vida já é muito alto, com o aumento da passagem já sentimos o aumento dos produtos. Um verdadeiro colapso”, pontuou. Segundo informações repassadas pelo radialista Dário Pedrosa, a empresa Henvil Transporte não pretende reduzir o valor das passagens, uma vez que isso já foi autorizado pelo governador do Estado, Simão Jatene. (Diário do Pará) |
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