Após 10 pessoas morrerem em um confronto com policiais civis e militares, na chacina na Fazenda Santa Lúcia, na zona rural do município de Pau-D’arco, no Sul do Pará, a Corregedoria Geral da Polícia Militar emitiu uma portaria delegando ao tenente coronel Edivaldo Santos Souza a responsabilidade de apurar "os fatos, a autoria, a materialidade e as circunstancias das denúncias" relatadas.
O inquérito deve ser concluído no prazo de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.
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O caso
A operação policial aconteceu na manhã desta quarta-feira (24) por determinação judicial e tinha o objetivo de cumprir 14 mandados de prisão, busca e apreensão na fazenda.
No início da noite de ontem, a cúpula de segurança pública do Estado tentou explicar o episódio, afirmando que o local estava Ainvadido por um grupo armado de cerca de 30 pistoleiros e que não havia trabalhadores sem-terra na propriedade. "Os mandados judiciais tinham a finalidade de prender criminosos envolvidos em homicídios e tentativas de homicídios", informou o secretário de segurança pública e defesa social do Pará, Jeannot Jansen.
O chefe-geral do Departamento de Operações da Polícia Militar (PM), coronel Sérgio Alonso, informou que dois delegados e 24 policiais militares e civis de 4 guarnições do Grupo Tático de Redenção participaram da operação. "Os pistoleiros reagiram e receberam os policiais a bala", disse. Segundo a Segup, 11 armas, entre fuzis e pistolas, teriam sido apreendidas com os posseiros.
Apesar da versão oficial do Governo, de que houve troca de tiros, nenhum policial ficou ferido durante a operação.
O presidente da Comissão de Direitos Agrários da OAB-PA, Ibraim Rocha, ressaltou que a OAB vai cobrar uma investigação rigorosa sobre o caso. "É totalmente desproporcional que uma ação do Estado acabe com dez mortes. É inaceitável". Veja o vídeo:
(DOL)
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