Lixo hospitalar é jogado em local indevido

Descaso no saneamento, educação, projeto de trânsito e, principalmente, na saúde. Esses são alguns dos pontos de queixa dos moradores de Vigia de Nazaré, no nordeste paraense. Segundo eles, a cidade está em clima de abandono, principalmente o Hospital Municipal de Vigia de Nazaré. Falta de medicamentos, material e até mesmo lixo hospitalar sendo mexido por cachorros.

"Desde que entrou essa nova gestão, a prefeita Camille mandou colocar um semáforo na cidade. Mas o resto está muito esquecido, prncipalmente a saúde. Estamos pedindo socorro", afirmou uma moradora, que preferiu não ser identificada. "O lixo hospitalar está há dias sem ser recolhido, fica acumulado em um prédio ao lado do hospital. Lá, vários cachorros ficam mexendo e rasgando os sacos".

Os sacos com lixo hospitalar são rasgados por cachorros da cidade. (Foto: via WhatsApp)

Ela também conta que o atendimento no local está deficiente. "É falta de medicamento, material hospitalar, um sufoco. Recentemente, foi feito um registro de duas crianças sendo atendidas lá, sendo que uma estava recebendo soro deitada em um colchonete no chão, sem maca", continuou a moradora.

Falta de medicamento e material hospitalar é uma queixa dos moradores. (Foto: via WhatsApp)

A moradora afirma ainda que há outros problemas na cidade, que levaram a população a tentar tomar alguma medida. "Tem também escolas sem estruturas para receber alunos especiais, falta de pagamento dos servidores, prédios velhos. No próximo sábado (3), vamos nos reunir para organizar uma manifestação com o objetivo de cobrar soluções para essa questão. Está sem condições".

Em nota, a prefeitura de Vigia informou que o lixo hospitalar é recolhido semanalmente pela empresa especializada contratada, que procede ao seu destino final adequado, e, que, naturalmente tem um depósito apropriado para armazenar esse lixo em recipientes padronizados até a sua coleta semanal, sem portanto, nenhuma anormalidade. Diferentemente de quando recebeu da administração anterior que o lixo era jogado no lixão da cidade.

A nota diz ainda, que a situação foi “forjada”, como o caso do paciente “recebendo soro no chão, sem maca”, visto que o paciente estava sendo atendido sentado em uma cadeira e quando a enfermeira se retirou para outro setor, a acompanhante “armou” essa situação conseguindo um colchonete e pedindo ao paciente que deitasse. Após a encenação, a acompanhante postou em rede social por fazer parte de uma “rede social de fofocas”.

(DOL)